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Gosto não se discute, se muda

Gosto é algo que não se discute, cada um tem o seu. É isso que dizem, pelo menos. Mas e quando a gente discute com a gente mesmo? E quando a gente acha que nosso gosto é um mas, de repente, é outro?

Se tem algo que me surpreende é esta mudança, a de gosto. Sim, ele muda. Pense um pouco, nos últimos tempos, quanta coisa você jurou que nunca mais ia usar, ou comprar – ou até mesmo lugares que prometeu não voltar mais, ou comidas que jamais comeria?

Você pode jurar de pé junto que nunca irá cultivar uma samambaia, e quando menos espera, estará visualizando uma no meio da sua sala, toda imponente. Já passei por várias mudanças nesse sentido. Por exemplo: antes só queria saber de louça lisa. Nada de desenhos e arabescos, nada muito “mulherzinha” – palavra ruim. Hoje, quando vou nas feiras de usados, nas lojas de antiguidades e vejo aquelas louças trabalhadas, dá vontade de levar tudo. Tá bom, tudo não, eu mantive alguns critérios.

 

 

Isso aconteceu também com relação a cortinas. Não podia com elas. Na verdade, com nada que juntasse muito pó. Hoje, tenho sonhos com cortinas, estampadas, lisas, de todo tipo. Com tapetes eu ainda tenho um bloqueio, mas não vou dizer ‘nunca’.

É interessante como mudamos, e é preciso estar atento a isso e se permitir virar a casaca. Permitir pelo menos a experimentação para, então, definir o seu gosto – ou pelo menos o atual.

Voltando à louça, só sei que peguei gosto por peças que tenham personalidade, que contem uma história. Mais interessante ainda, é criar conjuntos com peças diferentes uma da outra.

 

 

 

 

A minha última mania são estes pratos triplos, ou duplos, para acomodar cupcakes e salgados, como sanduíche aberto, canapés, enfim. Economiza espaço na mesa e fica uma graça.

 

 

Repense você também.

 

Fotos: Reprodução | Texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha

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