• Morro Reuter,  Por aí,  Rio Grande do Sul

    Aproveitando a 4ª Festa Nacional da Lavanda em Morro Reuter | RS

    No final de semana passado aconteceu a 4ª Festa Nacional da Lavanda, em Morro Reuter, entre os dias 18 e 20 de outubro – sexta a domingo. Eu fui no sábado e vou contar para vocês o que vi por lá.

    A Festa Nacional da Lavanda tem entrada gratuita (pagando apenas para assistir a um ou outro show) e possui uma programação bem sortida, incluindo várias atividades das quais adoraria participar, como a oficina para a extração do óleo essencial da planta, os passeios guiados pelos campos de lavanda e até uma caminhada de 10km pela região, passando também pelas plantações.

    Só que não consigo aproveitar muitas delas. Como a oficina que acontecia durante os 3 dias de festa, incluindo a sexta-feira. Já para a caminhada precisava ter me inscrito com antecedência e fiquei sabendo da festa um pouco em cima da hora. Outra questão é que estas atividades ao ar livre começam cedo da manhã, e para quem sai de Porto Alegre complica porque podemos pegar engarrafamento na estrada. Então acabo aproveitando a celebração circulando pela feira, olhando os estandes, comprando os produtos que me agradam (até porque adoro incentivar os produtores locais) e também provando a culinária.

    Morro Reuter é a única cidade do Rio Grande do Sul, e uma das três no Brasil ,a cultivar a planta comercialmente. A lavanda dentata veio da Europa há 20 anos e se adaptou muito bem ao solo e ao clima de Morro Reuter. Hoje, há 22 famílias que cultivam a planta no município. Na festa, podemos encontrar uma variedade enorme de produtos feitos com ela, indo além dos cremes e sabonetes, como cucas, biscoitos, chocolates e até cerveja. Ah, e a produção é totalmente feita no município.

  • Dois Irmãos,  Morro Reuter,  Por aí,  Rio Grande do Sul,  Santa Maria do Herval,  Serra Gaúcha

    Bate-volta Serra Gaúcha #2: buffet Schuh, Balneário Amizade e mais

     

    Este bate-volta eu fiz no final de 2018, em um sábado, e faço questão de compartilhar na série Bate-Volta Serra Gaúcha para mostrar como é possível fazer um bocado de coisas em um dia, em cidades próximas, claro. Neste caso: Morro Reuter, Santa Maria do Herval, rota da VRS 873 e Dois Irmãos. Alguns lugares eu já conhecia, outros eu acabei descobrindo e para onde possivelmente voltarei para aproveitar mais. O roteiro geralmente começa com algum lugar já conhecido, como a Feira do Produtor Rural, e no restante do tempo andamos pelas ruas e cidades desconhecidas, descobrindo novos destinos.

  • Dois Irmãos,  Morro Reuter,  Por aí,  Rio Grande do Sul,  Serra Gaúcha

    Bate-volta Serra Gaúcha #1: orgânicos da Helga, Xis do Isa e Chocolates Plátanos

     

    Para quem mora em Porto Alegre, fazer um bate-volta na serra gaúcha pode ser uma opção de passeio quando a vontade de sentir novos ares fica mais forte que a gente. E quando eu digo serra gaúcha você precisa abrir a cabeça e se libertar da dobradinha Gramado-Canela, até porque, a viagem ficaria mais longa e mais cara. As cidades mais ao pé da serra, como Dois Irmãos e Morro Reuter – assim como tantas outras, como Ivoti – ficam perto da capital. Bom, elas ficam perto quando você está muito a fim de fazer um programa diferente. E elas podem ficar muito longe caso você tenha de ir por obrigação, ainda mais no horário do rush da região metropolitana. Depende do contexto. Bom, o contexto que me dá prazer é, sem compromisso, acordar no sábado, ir até Morro Reuter para comprar alguns produtos orgânicos na banca da Helga e, depois, almoçar em algum lugar que ainda não conheço. Assim, devagar e sempre, eu vou descobrindo esse pedaço do Rio Grande.

  • Morro Reuter,  Por aí,  Rio Grande do Sul,  Serra Gaúcha

    16 motivos para você conhecer Morro Reuter | RS

     

    Eu já comentei algumas vezes que adoro sair sem rumo pela serra gaúcha, entrar em cidades em que eu nunca fui e conferir o que elas reservam. Foi assim com Morro Reuter e, desde então, é uma das cidades da serra gaúcha pelas quais eu tenho o maior carinho. Embora uma cidade relativamente pequena, ela foi se revelando aos poucos. A cada visita eu descobria um lugar, uma celebração e até melhorias na cidade. Porque se tem algo que admiro em Morro Reuter é o senso de comunidade que existe nos seus habitantes, preocupados com espaços limpos, agradáveis e bonitos. Morro Reuter é bonita. Então, esta é a minha seleção de 16 motivos (e contando) para você passear por ela também.

     

    1. L A V A N D A

    Alguns produtores experimentaram plantar a lavanda e ela respondeu muito bem ao clima e ao solo, se tornando uma alternativa de cultivo. Logo, a cor lilás tomou conta da cidade. Em todo o canto, desde o pórtico até as calçadas, há um canteiro de lavandas. Em 2017 eu conversei com o pessoal do turismo que contou que o campo de lavanda que muitas pessoas procuravam, na verdade, era uma plantação privada, que lá pelas tantas tinha de ser colhida. Então, como as pessoas manifestaram interesse, o município iria providenciar uma plantação exclusiva para visitação, que talvez ficasse disponível em 2018. Mas não fiquei sabendo de nada durante o ano passado. Estou no aguardo. Por enquanto, os visitantes podem admirar a lavanda no pequeno terreno que fica logo atrás do pórtico, à direita, quando entramos na cidade. Quando florido, rende boas fotos.

    Não há como não visualizar a entrada da cidade na BR 116. O pórtico é pintado com a cor luminosa da flor.

  • Morro Reuter,  Por aí,  Rio Grande do Sul,  Serra Gaúcha

    O antigo Armazém Klauck em Morro Reuter | RS

     

    Eu não sei vocês mas, pra mim, quanto mais tinta descascada, madeira antiga e história pra contar uma construção tem, melhor. Com um cusco querido no pátio, então, está completo o cenário. O Armazém Klauck chama a atenção de quem passa na paisagem da beira da BR 116, tanto para quem sobe a serra gaúcha quanto para quem volta dela. Fica bem numa curva e é o tipo de construção que captura a minha atenção mesmo sem eu saber do que se trata. Quando eu me aproximei da fachada, fotografando, o Roberto apareceu e disse que era 50 centavos cada foto. Ao que respondi que ele ficaria rico. É com esse bom humor e simpatia que ele recebe os visitantes e clientes, mantendo viva a memória do espaço deixado pelo pai.

     

    A construção, de 1920, sempre esteve ativa como armazém. Há grandes armários e balcões, todos originais, onde há muitos produtos à venda, de todo tipo. O espaço é bastante comprido e o Roberto conta que a viga de madeira que sustenta o teto é uma peça única, sem emendas.

  • Morro Reuter,  Por aí,  Serra Gaúcha

    A fortaleza de cores de Flávio Scholles

     

    Tive muita sorte neste último sábado pois o artista Flávio Scholles estava em seu arteliê, como costuma chamar a sua galeria. Enquanto admirávamos seus quadros espalhados pelas quatro pontas da construção, acompanhados pela guia, ouvíamos sua voz vinda do segundo piso. De repente, ele surge, vestindo sua capa e seu chapéu clássicos. A simpatia em pessoa, já perguntando se éramos da área das artes, ao que respondi que passava um pouco perto, era diretora de arte publicitária, e foi assim que ele contou da sua breve atuação em uma agência de publicidade em São Paulo, como ilustrador. “Naquela época eu ainda não era artista” ele conta. Falou dos ateliês que já teve em outros países e que só no ano passado pintou 300 quadros, ou seja, quase um por dia. Há 8 mil deles colorindo paredes mundo afora e, somente ali na galeria, 2 mil, entre outros produtos como canecas e almofadas.

    O Flávio nasceu por ali mesmo, em São José do Herval, e no seu livro ele conta que realizou um sonho estabelecendo seu ateliê-galeria na região, no topo de um elevado, há 11 anos já, de onde se pode avistar Porto Alegre e Caxias do Sul. Em suas obras, Flávio sempre retratou o Rio Grande do Sul, suas paisagens e sua gente, em especial os imigrantes colonos, desde sua vinda para o Brasil, semeando e colhendo nas lavouras, até o êxodo para trabalharem nas indústrias. Entre uma pincelada e outra, há sempre espaço para questionamentos sobre o mundo moderno.

     

    O céu é quase um personagem em suas obras, sempre cúmplice dos colonos na lida da lavoura, aquelas figuras pequenas na base dos quadros, como podemos observar

  • Morro Reuter,  Por aí,  Rio Grande do Sul,  Serra Gaúcha

    O planeta singular da Anelise Bredow

    A Anelise Bredow é uma dos vários artistas que se estabeleceram na cidade de Morro Reuter, na serra gaúcha, e que integra o Caminho das Artes da região, com vários ateliês que podem e devem ser visitados. Em breve, farei um guia do que fazer na cidade pois não é pouca coisa, não.

     

     

    As peças da Anelise carregam um estilo bem próprio. Singular é a palavra. Quando criança, Anelise era fascinada pelas pequenas pecinhas que existiam dentro dos aparelhos de rádio e TV que o pai consertava. Tinham formas estranhas e eram coloridas. A partir daí, um mundo de experimentações se abriu diante dela e então surgiu essa linguagem interessante com seres de formas e cores bem características de sua assinatura.

     

    Adoro os enfeites com palavras. Perfeitos para pendurar no puxador do guarda-roupa, na fechadura da porta e como presentes também. 

  • Morro Reuter,  Por aí,  Rio Grande do Sul,  Serra Gaúcha

    O mundo encantado da Claudia Sperb

    “Se viver é dor, eu quero o meu troco em poesia.” Foi parafraseando o cantor Itamar Assumpção que a Claudia começou a conversa com nosso grupo de visitantes em seu atelier e, então, naquele momento, eu não queria saber de mais nada. Nem de fazer a atividade com os mosaicos que ela tinha proposto. Eu queria era passar o dia ouvindo ela falar.

     

     

    A Claudia Sperb é um tipo de artista que ela própria é a obra em si. Ela é uma poesia ambulante. É puro coração. E essa poesia e esse coração parece que explodiram na casa-parque-instalação-atelier dela. O lugar é lindo, o verdadeiro país das maravilhas. Fica em uma área de mata atlântica onde podemos ver macacos saltando entre as copas das árvores, enquanto a Claudia olha e diz: Não é melhor eles assim? Livres?

    Passeando pelo parque, a gente enxerga a Claudia em tudo. No lúdico, nas brincadeiras, no feminino, na força que é esta mulher enquanto criadora e guardiã de tudo aquilo e, ao mesmo tempo, nos gestos delicados e na sensibilidade para as questões da vida. Os mosaicos, tão naturais no nosso dia a dia que nem notamos. Como nosso sorriso, um conjunto de várias pecinhas, ou mesmo o teclado em que digito este texto, um mosaico de teclas, ou até mesmo nosso mural virtual de fotos nas redes sociais, aquele mosaico sem fim. As várias pessoas da nossa vida formam um mosaico. Na infância mesmo, quantas brincadeiras envolvendo mosaicos, o próprio Lego ou aquelas pecinhas em madeira com telhados vermelhos, para construirmos cidades inteiras. A própria ideia que ela propôs ao nosso grupo, de criarmos peças para um grande mosaico, em que muitas mãos já são um mosaico de colaboração em si. Mosaicos são o coletivo, o junto, o de pouco em pouco. São a vida.

    E as serpentes são um capítulo à parte na história da sensibilidade da Claudia. Quando criança, perguntou à avó o que eram as flores.

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    Alles Antiquário em Morro Reuter | RS

     

    Uma das coisas que eu adoro na serra gaúcha são os antiquários de beira de estrada. Não tem emoção que se iguale a de estar passando e, de repente, ver surgir um antiquário – pelo menos pra quem adora velharia e decoração como eu.

    Só que mais interessante do que os móveis e os objetos em si é a composição deles no espaço, em como eles estão arranjados em conjunto. O que é um prato cheio pra quem adora fotografar.

    O último antiquário que encontrei foi o Alles, que fica em Morro Reuter. E pelo que vi