Minha avó tem debilidade senil. Em um dia está na dela, nos vê e parece não reconhecer, talvez não saiba nem quem ela é. No outro nos recebe falante, repara que cortei o cabelo e ainda faz piada quando o filho elogia a beleza dela: “Já bebeu demais e tá falando besteira”.
-
-
Os 6 livros do início de 2022
Oi, espero que tenham tido um bom recomeço de ano – apesar de tudo. Vamos trocar sugestões de leituras? Vocês podem escrever ao final da postagem, nos comentários, fechado? E aqui vão os livros que estou carregando pra lá e pra cá, debaixo do braço, nesse início de 2022 – às vezes lendo deitada na rede, o que dá sono, não recomendo, às vezes antes de dormir, o que também dá sono, às vezes no sítio, debaixo de uma boa e refrescante sombra.
-
Recomeço no mar
O encontro com o oceano é sempre um divisor de águas na minha vida – sem trocadilhos. Não há lugar como o mar. Nem a virada de ano novo tem tanto poder de recomeço e regeneração como o mar – e não precisamos esperar uma data para isso.
-
Apartamentos platônicos
Pesquisar imóveis se tornou um hábito pra mim. Eu, que já me mudei incontáveis vezes na vida, me vi muito cedo tendo que procurar apartamentos. Quando dei por mim, estava seguindo na profissão uma vez que amigos e familiares precisavam de um help e eu, prontamente, aparecia com uma lista de possíveis novos endereços.
-
Sobre o livro Árvores e Arvoretas Exóticas no Brasil e o lifelong learning
Que alegria quando o exemplar de Árvores e Arvoretas Exóticas no Brasil chegou. Um livro para consulta muito útil agora que estou aprendendo mais sobre esses seres incríveis que são as árvores. Na verdade, estou curiosíssima sobre a vida das plantas em geral e sobre como eu posso cuidar das que têm no sítio e quais podem viver bem por lá.
-
Se você está comendo, você não plantou
Se você está comendo, você não plantou. Essa frase é linda e é a expressão da verdade. Quando começamos a pesquisar sobre os frutos que gostaríamos que dessem no sítio, descobrimos que algumas árvores levam até 20 anos para atingir a maturidade produtiva ou, ainda, para começarem a produzir os primeiros frutos. E muitas frutíferas produzem por décadas, quase completando um século.
-
Não espere para curtir o sítio
Ter apenas um “bocadinho de chão” (quem aí assistiu à novela Rei do Gado?), sem ter necessariamente uma casa construída, pode apresentar muitas vantagens. Elas vão desde o exercitar da criatividade até o adquirir intimidade com o terreno e com a vida campeira, antes de se tomar grandes decisões. Eu tinha muito pouco contato com esse dia a dia e não ter um lugar onde eu possa parar no sítio, uma casa, um quiosque, um teto, exige um outro pensar sobre a propriedade e outras atitudes que acabam fazendo eu entender o estar ali de um jeito que talvez eu nunca experimentasse caso eu já tivesse tudo pronto, ou se tivesse chegado levantando paredes e tudo mais.
-
Precisamos melhorar antes de sermos maiores
“Precisamos melhorar antes de sermos maiores” foi a frase que ouvi hoje e que me fez parar, refletir. Me fez sentir. Foi uma segunda-feira diferente. Antes do nascer do sol, levamos o Rogerinho de volta ao sítio. Tive o privilégio de observar o horizonte sendo pintado de laranja. Algumas estrelas ainda brilhavam enquanto a Terra seguia girando em direção a Leste.
-
Virei cabeleireira
Das coisas menos importantes da pandemia, a que mais me espanta é que eu tenha cortado o meu próprio cabelo. Eu sei que tem muita gente acostumada a cortar o próprio cabelo. Mas eu nunca fiz isso na vida. Tenho muito cabelo, volumoso, comprido e meio ondulado, meio encaracolado às vezes, com a raiz lisa embaixo e querendo encrespar na frente. É um cabelo difícil que, na minha concepção, teria que sempre depender de um profissional. Pra tudo.
-
É tempo de bergamota
Ver uma árvore carregada de frutos, sem ninguém para apanhá-los, é uma das coisas que me deixam inquieta. Mesmo que os pássaros e outros animais aproveitem, eles não dão conta da alta produção de alguns exemplares.
Tenho visto muitas árvores carregadas de frutos e boa parte dessa irretocável produção da natureza indo para o chão. Ou porque as pessoas não se importam, até conheço algumas que têm frutíferas no pátio mas que não comem frutas, ou porque simplesmente não dão conta mas, neste caso, colher e dividir com os vizinhos é uma baita de uma ideia, ou, ainda, porque algumas propriedades são abandonadas.