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Máscara feita com manga de camiseta e algumas observações sobre a falta de uso

O uso da máscara é o novo “por favor”, “com licença” e “obrigada”. Quem tem educação, e consideração pelo outro, faz uso. Para mim, é simples assim.

Confesso que me entristece e indigna profundamente mas não me impressiona o festival de aglomerações com as pessoas sem máscara, algumas sendo violentas com fiscais. Como em qualquer outra situação da vida, a pandemia mostra quem as pessoas são.

O momento que vivenciamos não é exceção quando se trata de comportamento humano. De novo, quem é educado e leva os outros em consideração faz uso da máscara. Quem não é, não usa – nem vou entrar na questão de que a pessoa não considera a própria vida, porque o que podemos esperar de alguém que não liga caso se infecte com uma doença que, a esta altura do campeonato, ainda é uma incógnita para a comunidade médico-científica e mata gente saudável e jovem?

Simples assim. Só que não usar a máscara traz um agravante para a reputação dos mal-educados: pode matar. Para muitos, a Covid-19 não é um problema até que atinja a própria família. E olhe lá.

Até hoje, vi apenas uma mulher admitindo, em uma reportagem, que seu familiar que faleceu devido à infecção pelo novo Coronavírus se recusava a usar máscara. Veja bem, durante todo esse tempo, vi apenas esta pessoa admitir o comportamento de risco adotado pela vítima.

Falta esta abordagem na cobertura jornalística sobre a pandemia: dar nome e sobrenome ao comportamento de risco das pessoas relacionado aos casos de infecção e óbitos, e não apenas na forma de dados estatísticos perdidos entre milhões.

Na medida do possível, é claro, de acordo com o que os veículos conseguirem apurar, contar a história da falta de responsabilidade dos indivíduos pode ser de grande ajuda para a tomada de consciência a respeito da gravidade da situação, por boa parte da população. Talvez vidas possam ser salvas.

Vamos à máscara feita apenas com manga de camiseta

Há anos, tinha cortado as mangas da minha camiseta que, inacreditavelmente, mostra um Buda com sua máscara de tecido. Seria um presságio? Coincidência? Destino? Seja lá como for, tinha guardado as mangas. Enquanto minhas outras máscaras de tecido secavam, quebrei o galho com as mangas da camiseta.

Sobrepus ambas para criar a dupla camada e apenas passei pela cabeça, ajustando sobre o nariz. Também é possível deixar sobre as orelhas, o que é ótimo pois não as força para a frente como algumas máscaras cujas alças passam por trás.

Não é necessário cortar nem costurar nada. Como o tecido da camiseta era de uma malha com boa elasticidade, foi só “vestir” as mangas.

O inverno em Porto Alegre está sendo como sempre foi: estupidamente gelado. O uso da máscara ganhou dupla função, agora protegendo o rosto do vento cortante.

Regiões e temperaturas diversas do Brasil à parte, temos que usar. Ponto.

Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.

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