• DECORAÇÃO,  Na varanda

    Na varanda | Entre o verde do Jardim Botânico do Rio de Janeiro

     

    Certa vez, mexendo nos meus arquivos, encontrei a foto de uma maçaneta feita de louça que era da porta de uma casa que ficava ao lado do Jardim Botânico do Rio. A casa parecia fazer parte do Jardim mas ficava do lado de fora do perímetro do parque e me impressionou bastante as maçanetas de louça branca ainda estarem lá, naquela casa tão antiga. Aliás, quando publiquei a foto da maçaneta no Instagram prometi que mostraria mais detalhes da casa aqui no blog.

    Então, agora vou ter a companhia de vocês num passeio por esta varanda aberta para o verde, para as ruas, para as pessoas.

     

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    Na varanda | Protegida pelo jardim

     

    As janelas estavam todas fechadas mas um barulho de máquina de cortar grama, misturado ao latido de um minúsculo cão, saía de dentro do jardim. Eu só queria uma coisa: registrar esta casa linda. Adentrei a mata nativa atrás de quem estivesse executando o trabalho. Achei que fosse avistar na primeira curva, depois do Hibisco, mas me vi num labirinto verde. O som ficava cada vez mais perto mas, ao mesmo tempo, parecia impossível encontrar vida. Fiquei com receio de não saber mais voltar. Cogitei chamar por resgate até que, enfim, Sérgio estava lá, trabalhando no gramado, na soleira das duas horas da tarde. “boa tarde! eu achei esta casa tão bonita… será que eu poderia fotografar?”. Sérgio foi chamar a dona e eu, olhando novamente para as janelas todas muito bem fechadas, “se ela estiver dormindo, não precisa, viu?”, “mas ela tá aqui…” e me levou até os fundos, onde havia uma espécie de varanda fechada. Liliane surgiu na janela e, sem sair de lá, mas com uma receptividade sensacional, “pode ficar à vontade! gostei de ti!”.

    Perguntar pra alguém que nunca me viu na vida se eu posso fotografar sua casa, assim, do nada, dá um nervoso… só que totalmente desmanchado pela Liliane: “todo mundo para aqui e pede pra fotografar! já filmaram até curta metragem!”.

    Então, lá fui eu bem feliz pelo bosque da casa que já foi cenário de filme.

     

     

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    Na varanda | Como um girassol amarelo

     

    Eu adoro passear por cidades do interior e da serra gaúcha porque eu preciso descobrir casas charmosas que me dão um rebuliço por dentro e uma vontade imensa de morar nelas. Posso afirmar que esse é um dos meus hobbies, ficar vagando pelas pacatas cidades em busca dessas casas interessantíssimas, tomar chimarrão numa praça em que nunca estive antes, ver o tempo passar em um tempo mais tranquilo. Gente, não precisamos viajar muito pra isso, tem lugares lindos não muito distantes da capital. E sempre que eu volto ou posto alguma foto desses lugares no Instagram, vem alguém animado perguntar o que tem pra fazer lá, onde ir, onde comer, onde comprar, o que ver. E tudo o que eu tenho pra responder pra essa criatura é: ver casas. É tudo o que eu fiz por lá e gostei de fazer por lá. Eu não fico em lojas, eu não entro em shoppings. Eu olho pra fora. Para as casas, os pátios, as ruas, as praças, as pessoas. Eu sou caçadora de “morares”.

     

     

    O Na Varanda de hoje foi possível porque a Linha Imperial de Nova Petrópolis existe, com todo o seu charme de cidade tranquilona, repleta de natureza

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    Na varanda: A casa dos sonhos de um mundo melhor

     

    Paaaara! Eu preciso descer! Gritei, e foi assim que os pneus frearam levantando poeira na ladeira da estrada de terra por onde passávamos. Foi paixão à primeira vista. Ou melhor, um sonho à primeira vista, parecia que eu tinha entrado num portal que protegia um outro mundo, um mundo onde reina a segurança e as pessoas podem viver livres desse jeito, com gramados abertos, janelas abertas, vista, telhado encontrando o céu, belezas naturais – posso ficar até amanhã descrevendo. Toda a paisagem parecia uma pintura. Parecia uma utopia. Parecia um delírio meu.

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    Na varanda | Pinto Bandeira

    Que eu gosto de colecionar algumas coisas, isso já não é mais segredo. E que eu tento e consigo me desapegar de algumas delas já foi provado no post sobre a coleção de mini garrafas. Pois agora eu tenho muito prazer em dividir com vocês mais uma: casas de varanda. A coleção nem é tão nova assim mas agora contempla uma categoria de posts especial, que chamei de Na varanda. Claro que eu não comprei todas essas casas – não que eu não quisesse -, são apenas fotos que, ainda bem, não vão ocupar espaço no meu apê.

    Na varanda vai mostrar casas encontradas quase que exclusivamente em cidades tranquilas do interior, ou da serra, ou até mesmo do litoral, que preservam o histórico de um estilo de vida quase extinto, integrado com o espaço público e com a natureza. Elas apresentam muro baixo ou às vezes muro nenhum, jardins que foram se erguendo e se moldando à casa com a maior naturalidade e delicadeza, mas que ao mesmo tempo parecem ter sido estudados sob muito cálculo de tão perfeitos na sua imperfeição – é, eu sou uma romântica mesmo.

    Eu as considero casas de luxo. A sensação de liberdade, porque não parecem prisões, a integração com a rua e principalmente com a natureza, a varanda que oferece sombra e que convida para uma conversa presencial. São alguns elementos que, juntos, fazem destas casas uma coleção preciosa. Mas eu acho que, melhor do que tentar definir em texto, é contemplar o visual e deixar que as sensações falem por si mesmas.

     

    casa-baunilha-varanda-capa

     

    A primeira que apresento a vocês foi um achado em Pinto Bandeira, na serra daqui do Rio Grande do Sul. Eu não consegui contato com os moradores mas, se por acaso virem este post, eu ficaria muito feliz em poder contar sobre a história da casa e também parabenizar por tanto capricho. O que consegui registrar é o que os passantes também conseguem contemplar. E que sorte. Dá pra ver