Quando se passa oito anos procurando por um lugar para chamar de seu, alguma experiência se acumula. Ao sair de Porto Alegre para uma vida de cidade pequena e perto do sítio, analisei muitas casas e terrenos que visitei, além de observar elementos também nas demais construções que não estavam à venda mas que faziam parte do meu entorno.
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Animais Arquitetos e Um Mundo Imenso: 2 livros que acabaram de chegar
Pesquisar por presentes para o fim de ano sempre acaba com o carrinho mais cheio por causa dos mimos a mais que escolhemos pra gente também. É o caso dos dois livros que acabaram de chegar aqui em casa.
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O meu deserto
Fico na chuva olhando para a aparência metálica da água. Sinto um esvaziamento integral. Apenas a situação gélida me faz companhia. Um barco passa pela nossa rua. As pessoas nele, em silêncio, têm pressa.
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Um ciclo que se fecha: encontramos nosso espaço
É difícil escrever sobre uma jornada que começou há uns 8 anos (talvez mais, talvez menos), cujo fechamento de ciclo me deixa extremamente feliz mas, se pegar a pontinha dessa felicidade toda e puxar pra cima, percebe-se por debaixo uma pessoa exaurida. Eu poderia ter obtido duas graduações nesse tempo. Mas, enfim, encontramos nosso canto no mundo. Compramos um terreno.
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A natureza nos diz o que fazer
A criação da horta no sítio andava em ritmo acelerado até que uma infestação de taturanas tomou conta da Corticeira do Banhado, a árvore sob a qual vamos posicionar parte da horta.
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1 ano e 3 meses sem açúcar: eu não me privei. Eu me livrei.
Certa vez ouvi sobre uma oração em que agradecemos o que não se tem. Uma espécie de reverência à vida focada no que realmente importa e tendo como perspectiva a finitude.
Antes, a vida com açúcar era como se eu andasse à pé no asfalto sob um calor de quarenta graus, com uma mala gigante, pesadíssima, puxada por dedos já castigados e rodinhas que mais emperram do que rolam.
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Novembro começa com o primeiro registro de um tatu
Continuamos com os registros da vida selvagem da região do sítio. O jacu é praticamente o arroz de festa, aparece sempre e em todos os lugares que instalamos a câmera. Dessa vez, também temos o registro de um quati e de lagartos, que há muito não víamos. A surpresa ficou por conta do tatu, animal que nunca visualizamos na região do sítio nem pelas câmeras, nem pessoalmente.
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Voltamos a registrar a fauna no sítio
Eu tenho um público diferenciado e exigente, que requer muito estudo para agradar: a fauna do sítio. Se tem algo que mora nas minhas preocupações e faz eu estudar sobre plantio e vida no campo cada vez mais é essa gente selvagem.
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A adaptação da Serena
Cães adotados de uma certa idade são uma caixa de surpresas sobre como irão se comportar durante o período de adaptação, que pode levar meses e até anos. Quando peguei a Serena no colo pela primeira vez para levar para casa, a Jéssica, uma querida que atende na clínica voluntária, percebendo meu olhar espantado com a Serena costurada do peito à virilha, olhou pra mim e sorriu: “Meu gato eu adotei há quatro anos e ele ainda não vem no meu colo, de jeito nenhum. Não te preocupa, é assim mesmo.”
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As minhas duas mentoras especiais
Os teus falecidos também ficam mais presentes a cada dia? Duas mulheres incríveis e que muito me ensinaram, embora não estejam mais nessa vida, me acompanham em cada momento do meu dia como verdadeiras mentoras. A Celia, minha sogra, e a mãe do meu pai, a vó Ignez. Elas devem ter se visto duas vezes na vida e tinham a mesma qualidade invejável, admirável e por demais bem-vinda, ainda mais nos dias de hoje: se harmonizavam com as pessoas e os ambientes, onde quer que estivessem.