Curitiba,  Paraná,  Por aí,  Porto Alegre,  Rio Grande do Sul,  Santa Catarina

De Curitiba a Porto Alegre de Carro

Esta publicação é a continuação da postagem sobre a ida de Porto Alegre a Curitiba de carro. Se tu ainda não viu sobre a ida, clica aqui para conferir antes de continuar. E para quem já estava na estrada comigo, agora escrevo sobre a volta, de Curitiba a Porto Alegre, com uma parada em uma praia catarinense, como fizemos anteriormente. Porque tocar a viagem direto, sem pernoitar, eu já fiz e não recomendo.

 

SAÍDA

Como comentei numa postagem anterior, a ideia era acordar cedo e logo cair na estrada. Nós ainda faríamos uma parada em uma praia catarinense para passarmos o resto das férias, antes de retornar a Porto Alegre, então queríamos chegar o quanto antes para pegarmos alguns raios de sol.

Só que passamos por um estresse tão grande durante a noite e a madrugada, no apartamento que alugamos em Curitiba, que resolvemos que merecíamos um café da manhã em um lugar legal, antes de pegarmos a estrada. O problema que enfrentamos foi que a privada simplesmente parou de funcionar. Vou lhes poupar dos detalhes e dizer apenas que praticamente não dormimos. Às sete da manhã, já estávamos em um supermercado – Rei do Queijo, fica a sugestão – comprando Coca-Cola para desentupir a privada – ideia do próprio proprietário. Pela primeira vez na minha vida, entrei em um supermercado e saí com dois litrões de Coca, pois não tomo refrigerante, muito menos Coca-Cola. E olha, a Coca desentupiu a privada com maestria. Recomendo.

Carinhosamente apelidada de “Chuvitiba” pelos seus moradores, Curitiba estava com o céu limpo. E eu sempre aceito esse presente com muita gratidão.

 

CAFÉ DA MANHÃ

Encerrado o maior estresse pelo qual já passamos em viagens, partimos para o nosso merecido café da manhã. Como não queríamos perder mais tempo ainda pesquisando onde poderia acontecer esse café, fomos na Prestinaria, pois já conhecíamos.

A padaria fica na Rua Euclides da Cunha, número 699, bairro Bigorrilho. Depois, ainda passamos no supermercado Angeloni que fica logo em frente, procurar por um produto específico. Não encontramos o produto mas, sim, uma coleção de itens de utilidade e decoração para a casa de um bom gosto como eu nunca vi antes em um supermercado. Numa publicação anterior, eu mostrei o que encontrei por lá. Até comprei alguns itens de que precisava.

Agora sim, caímos na estrada. Saímos pela BR 376, por São José dos Pinhais. 

• Dois pedágios de R$2,70 cada.

 

Adoro observar os para-barros dos caminhões. Agora sabemos como seria se Carl Jung fosse caminhoneiro. O que mais me atrai é o tipo de fonte usada. É um desafio escrever qualquer coisa de forma grandiosa e espremida ao mesmo tempo, em tão pouco espaço. É uma arte.

 

Aqui, mais um caminhão com um detalhe interessante, um santo adesivo nas portas traseiras.

Não deixe de observar: ao longo da estrada no Paraná, há vários pontos de venda de artigos em couro. Tanto no sentido da ida quanto no da volta. Casacos, tapetes etc. É melhor ver estes itens na volta do que na ida, para não ocuparem espaço no carro – e para não torrar boa parte do dinheiro dos passeios antes dos passeios.

 

Na ponte sobre o Rio São Joãozinho, há uma vista muito bonita, com casas à beira do rio, que mais parece um lago. A minha reação foi a mesma da primeira vez que passei por ali: me imaginei morando num lugar como aquele, que parece cenário de filme.

Mais um caminhão diferenciado.

 

Que eu lembre, há duas áreas de escape na estrada, que são um pedaço de estrada anexado, onde caminhões com problema e motoristas que perderam o controle da situação possam entrar e evitar acidentes piores. Ali na placa, a indicação de 319 vidas salvas apenas naquela área de escape. Isso mostra o quanto esta estrada é perigosa para quem não está atento e não segue as regras de trânsito, como os limites de velocidade.

 

Mais uma vez, assim como na ida, não perca a oportunidade de acompanhar as mudanças na vegetação nas transições entre os três estados. É só paisagem bonita.

 

As árvores lilases continuam com a gente na volta.

 

PARADA PARA O ALMOÇO

Paramos para almoçar no Restaurante Zandoná 2, que também é uma rede de postos de gasolina. O buffet livre custa R$29,90. 

Achei muito bem feito o papel de bandeja da rede, com várias dicas sobre a revisão do carro. Eu reparo nessas coisas.

 

Um restaurante típico brasileiro junto a um ícone das estradas brasileiras também.

 

Sempre fico em estado de “uau” quando vejo surgir, pela primeira vez na estrada, a linha do horizonte do mar. Parece bobo mas meu coração adora.

 

As esculturas e figuras de animais são constantes na beira da estrada. Baleia, dinossauro, de tudo um pouco.

 

Um viaduto em Itajaí foi todo enfeitado com mosaicos que formam embarcações. Achei demais.

 

Agora um pedaço de praia mais emocionante.

 

PERNOITAR É PRECISO

Falei isso na ida a Curitiba e não poderia ser diferente na volta. É muito ruim, desconfortável e arriscado fazer o caminho todo de volta direto, sem parar para dormir em algum lugar. Já fiz isso e, por experiência própria, não faço nunca mais e não recomendo.

No caso desta viagem, nós não fizemos apenas uma parada, nós também ficamos alguns dias a mais em uma praia, que foi escolhida já pensando nas nossas férias. Paramos na praia de Bombas mas tu pode escolher uma outra cidade e/ou um hotel que fique mais próximo da estrada, como fizemos na ida para Curitiba, quando paramos em Florianópolis, em um bairro perto da BR.

 

JANTAR

Como sugeri uma janta durante a ida a Curitiba, no local onde paramos para pernoitar, também vou sugerir uma janta onde paramos durante a volta, caso tu também opte por parar próximo.

Mamma Vitória Restaurante e Pizzaria. Recomendo a pizza. Podemos escolher entre 3 sabores ou colocar mais de um, em uma pizza grande, fatiada em 12 pedaços, por R$29,90 (marguerita, mussarela com azeitona ou calabresa). Pedimos a marguerita. A massa é fina, muito boa. O restaurante fica na Avenida Leopoldo Zarling, em Bombas, Bombinhas, Santa Catarina.

 

RETORNO À ESTRADA

O céu estava azul, limpo e logo começam a surgir as belas paisagens, revelando esses lugares que eu chamo de pequenos oásis, com casas praticamente ilhadas por morros e vegetações belíssimas.

 

PARADA PARA O ALMOÇO

Recomendo o Caffe Au Latte – A La Minuta e Café. Aquela comida honesta, muito boa, de preço justo, R$17,90 a de frango. O ovo frito é um extra, R$1 a mais. O suco de laranja é muito bom. Fica na BR 101, em Içara, Santa Catarina. Há retornos na estrada antes e depois do café, tanto para quem está na via contrária da BR, quanto para quem estiver no mesmo sentido, voltando a Porto Alegre, caso tenham passado do local.

 

PARADA PARA ABASTECER A DESPENSA

Entrando no estado do Rio Grande do Sul, surgem algumas tendas de produtos coloniais na beira da estrada, como a Tenda Matos. Aproveitamos para esticar as pernas e comprar alguns itens para abastecer a despensa.

Eu ainda vou convencer a me venderem – ou presentearem, por que não? – uma dessas placas de feira para eu colocar na minha cozinha. Adoro as fontes e a diagramação artesanais. Placa de feira é uma arte.

 

Falando em arte, mais um caminhão adesivado. Antes apareceu a mãe, agora, o filho.

 

PARADA DO DOCE DE ABÓBORA

É um ritual, eu pre-ci-so, sempre, parar no Maquiné e levar para casa o meu doce, de abóbora, aquele com casquinha crocante por fora e mole por dentro. Fica em frente ao caixa. A parada é no Doces Maquiné da BR 101, no km 80, nº 227, em Osório. Ah, eu também gosto de levar o pão de aipim. Muito bom.

• Pedágio: R$4,40

 

E depois de Jesus, só um milagre mesmo: chegando a Porto Alegre, depois de intermináveis sete anos, a obra na Trincheira da Avenida Ceará foi concluída e, a pista, liberada. Eu quase produzi lágrimas. Mais uma das incontáveis obras começadas para serem entregues antes da Copa do Mundo de 2014. Inacreditável.

Chegamos ao fim da viagem. Obrigada por embarcar comigo nessa. O momento atual, de isolamento social, só faz aumentar ainda mais a vontade de pegar a estrada – ou os ares – e se tocar para algum lugar. Enquanto isso, podemos nos satisfazer olhando as fotos dos últimos passeios, compartilhando aqui no blog as últimas idas e vindas e, por que não, planejando as próximas aventuras. Vou seguir publicando sobre esta minha última viagem, sobre as praias que visitei. Até a próxima.

Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.

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