Esta história é daquelas que começa mal mas termina bem. Ou, para quem acredita, é daquelas que porque os personagens estavam na pior, algo bom veio na sequência. Ou, ainda, daquelas em que as coisas acontecem por algum motivo, no melhor estilo “era para ser”.
Eu estava com meu marido em Curitiba e cedo da manhã iríamos embora da cidade. O plano era simplesmente entrar no carro e se mandar, sem mais nenhuma atividade por lá. Só que passamos por um perrengue tão infeliz na noite anterior, que acordamos no dia seguinte com o sentimento de: nós merecemos tomar um bom café da manhã num lugar legal. Não entrarei em detalhes, apenas direi que foi a única vez em que entrei em um supermercado e saí com dois litrões de Coca-Cola (pois não tomo refrigerante, muito menos Coca-Cola) para desentupir a privada do apartamento que alugamos. Que fique claro que foi ideia do proprietário.
Mas esta é uma postagem sobre coisas boas! Pois bem, merecíamos um café da manhã de vencedores e como não tínhamos planejado, fomos à Prestinaria, pois já conhecíamos.
Misto-quente e cappuccino me fizeram muito feliz. Sabe (agora vem uma historinha sobre cafés), eu não gosto de café preto, o passado, como dizem em Porto Alegre, ou coado, em São Paulo – fale “café passado” em Sampa e dobras crescerão na testa dos garçons, com razão, claro. Mas me agrada muito a mistura que o cappuccino proporciona, do café espresso com o leite vaporizado e a espuma do leite vaporizado. Então cappuccino é o meu café. Então eu só tomo cappuccino. O que me tornou a chata do cappuccino, ou apenas uma pessoa que presta atenção em um bom cappuccino. Há o cappuccino italiano, em que há apenas os três ingredientes. E como no Brasil a gente tem que sempre acrescentar mais e mais coisa nas coisas (já vi biscoito wafer em sushi!), há cappuccinos que são servidos com caldas doces, chocolate derretido, doce de leite, chantily e até leite condensado. Tudo bem pra mim, desde que esteja sinalizado no cardápio e que haja uma opção de cappuccino italiano, ou tradicional para eu tomar. Acontece que muitas cafeterias apresentam apenas um “cappuccino” no menu, sem nenhuma explicação de composição, que vem doce até não poder mais. Essas cafeterias, a meu ver, não podem ser levadas a sério. E quando vou a uma que ainda não conheço, tenho que perguntar se o cappuccino vem com algum ingrediente doce, etc.
Se você, assim como eu, gosta de um cappuccino com gosto de café, e não de sobremesa, saiba que na Prestinaria eles discriminam as duas opções. Ah, e o misto-quente também podemos escolher se no pão francês, de forma ou croissant – saudades do acento em forma.
A minha batalha ao lado da Coca-Cola foi tão épica que mereci até um brigadeiro. Só que ele fica mantido em baixa temperatura, o que não deixa a gente sentir muito o gosto do chocolate.
Adoro as cores e os materiais usados no corredor que antecede o banheiro. Tem azulejos estilo metrô pretos, madeira e parede com reboco irregular.
Vimos um supermercado Angeloni em frente à cafeteria e meu marido quis ver se encontrava uma bebida específica. Não encontramos a bebida mas, sim, a coleção de decoração da marca A\Casa que me deixou de queixo caído.
Eu nunca vi um supermercado reunir tanto item de utilidade doméstica e decoração de tamanho bom gosto e acabamento. Os três primeiros itens que me chamaram atenção reagi com um ok… mas como não paravam de surgir coisas lindas e muito bem acabadas, comecei a registrar porque pensei cá comigo: preciso mostrar isso.
Esse é um bom exemplo para começar. Me aproximei da tigela com efeito marmorizado e já imaginei mil possibilidades de uso, como bandeja para bijus, travessa para a cozinha, no banheiro guardando uma coleção de sabonetes de embalagens e caixinhas interessantes, adquiridos em viagens. Quando olhei com mais atenção, vi que era uma tigela de comida para gato. Então, você aí que tem gato, seu pet comerá com estilo. Juro que se não tivesse “meow” ali eu teria levado para usar de qualquer jeito.
Não menos interessante, conjunto de louça ágata todo manchadinho. E xícaras do mesmo material com ilustrações até bem interessantes. Um presente legal para alguém que adora bike, ou é viciado em café. Mas a branca com o coração vermelho é a mais bonita, fica a sugestão.
Guardanapos de pano bordados. Olha isso.
Olha, é muito difícil encontrar conjuntos de louça de cores e estampas que não vão te enjoar com o passar do tempo e que podem combinar com outras peças que a gente queira incorporar depois. Adorei esses três conjuntos, não somente por terem essa cara neutra, mas também por terem apenas uma linha delicada nas extremidades, na esquerda em ouro e nas outras duas em azul.
Agora para tudo e olha estes conjuntos de bordas totalmente retas. E falando em linha nas extremidades, o preto traz o detalhe em branco. Não é de chorar? Talvez eu levasse um ou outro prato para usar como bandeja, fruteira, etc.
As costas ilustradas das frigideiras da Tramontina já não são mais uma novidade, mas adorei estas.
Utilitários em madeira e cestaria muito bem feitos e de muito bom gosto. Várias cestas altas que podem funcionar como cachepô e baixas como centros de mesa e fruteira.
Há uma variedade de objetos para viagem e de utilidade doméstica. No corredor das malas, muito bonitas por sinal, vários guarda-chuvas gigantes e sombrinhas, em cores e estampas muito bonitas. Além da variedade de necessaire e frasqueira.
Roupas e objetos para o quarto do bebê. Adorei as tonalidades suaves.
Ainda no setor do bebê, cestas de tecido que podem ser muito úteis na organização de um closet, por exemplo. Poás e estrelas, quem não gosta?
Porta-copos em pedra com o alfabeto impresso. Ótimo para não perder o copo de vista.
Vasos e tigelas em estilo naval. Bandejas para bijuterias em andares e com espelho. As avulsas podem servir para outros usos, sobre um aparador para receber as chaves, por exemplo. Essas peças são muito versáteis.
Mais vasos interessantíssimos e a palavra cool em arame. Na direita, uma amostra da qualidade das capas para almofada. A de veludo em tom de vinho tinha detalhes em relevo que foram costurados em diferentes direções.
Descrito como vaso mas também iria muito bem como porta escova de dente no banheiro, por exemplo.
Tinha muito objeto que a gente praticamente só vê no Pinterest ou em perfis de decoração americanos no Instagram, como os espelhos pequenos, decorativos, com moldura de bambu ou palhinha. E vasos pretos com desenhos tribais, adoro.
Capas de almofadas em alto relevo, texturizadas, com muita cara de feito à mão (só que não). Maravilhosas. E o enchimento de 50x50cm, o tamanho padrão, estava barato.
Finalmente encontrei um dosador que me agradasse! Levei. Ficou lindo na minha cozinha, incorporando um pouco de brilho nela. Na direita, porta-vinhos. O de sanfona estava na faixa dos oitenta reais, mas eu tinha visto, algumas semanas antes, o mesmo por R$25 numa feira de usados e antiguidades em Porto Alegre.
Sensacional a ideia deste porta-biju, de arame dourado, que permite pendurar colares. Lindo demais. E aquela tendência do piso antigo de granilite é vista também nos objetos de decoração como os vasos.
Esta foto saiu bem ruinzinha mas eu precisava mostrar os objetos metálicos, triângulos e círculos, para enfeitarem a parede. Mais uma palavra em arame hello.
Caixinhas e vasos em preto e branco. Adoro.
Mais vasos em preto e branco e toalhas com frases. Adoro toalhas com frases. E em preto e branco.
Eu só não coloco tudo que registrei porque a publicação ficaria muito extensa (sendo que já está). Apenas quero finalizar dizendo que se a privada não tivesse entupido, eu não teria vivido nem visto nada disso.
A padaria Prestinaria fica na
Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.
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