Foi na Mercearia Fantinato que experimentei a carne de onça na primeira vez em que estive em Curitiba e foi na Mercearia Fantinato que almocei numa quarta-feira, quando retornei à capital paranaense. Era dia de feijoada e foi a melhor escolha que poderíamos ter feito. Sou dessas. Quando me apaixono, volto ao mesmo lugar, sento na mesma mesa e peço a mesma coisa.
No caso, não comemos a carne de onça porque acho que provando uma vez na vida já está bom. A gente quis mesmo experimentar o prato do dia. O quadro na calçada mostra que o cardápio é bem variado. Tinha até virado à paulista, que a gente queria muito comer caso os planos de irmos até a capital paulista tivessem vingado. Infelizmente, era o prato da segunda-feira. Na terça, rabada com polenta, na quinta, moqueca de peixe e, na sexta, churrasco na chapa. Praticamente a gastronomia do Brasil inteiro em uma semana. Como era quarta-feira, partiu feijoada na cumbuca.
O menu dos pratos do dia fica exposto logo na entrada.
É o PF nosso de todo dia mas nem por isso deixa de lado os cuidados com a apresentação. Ah, aquele vinagrete sobre a couve faz toda a diferença. Na real, coloquei sobre tudo. Sou a louca do vinagretchen.
As costelinhas de porco se desmanchavam. Separação total do osso. R$26 o prato e R$6 o suco de limão, que também é uma delícia.
Nem preciso dizer que a decoração me agrada e muito.
Madeira, madeira, madeira.
Mas para não me desdizer tão completamente, repeti a torta de limão, porque igual a essa torta de limão não há. Só essa torta de limão mesmo. E já vem com dois garfos enfiados para compartilhar. R$13.
Se eu pudesse, teria almoçado todos os dias daquela semana por lá para conferir os outros pratos.
Esta é a minha sugestão de almoço em Curitiba, que fica na Rua Mateus Leme, número 2553, no bairro Bom Retiro. Aliás, fica perto do Museu Oscar Niemeyer, o museu do “olho”, e mais perto ainda do Curitiba Comedy Club, ou seja, tu pode jantar na Mercearia Fantinato e depois assistir a um show de comédia stand up – que foi o que fiz na outra vez.
Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.