O trabalho da Suzanne Simard, de trazer para o conhecimento da humanidade a incrível rede de comunicação da floresta, por meio da qual as árvores sabem onde estão suas filhas, já me fascinava. Lendo seu relato, no livro A Árvore-Mãe | Em Busca da Sabedoria da Floresta, fiquei atônita, pois não sabia que ela escrevia tão bem como romancista. Embora seja em primeira pessoa, seu diálogo conosco é tão apaixonado, tão especialmente detalhado, que é como se ela estivesse criando o universo mais espetacular que qualquer obra de ficção já descreveu.
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É tempo de estudar | 8 livros de sebo para compreender o campo
Antigamente, diziam que as pessoas tinham que sair do campo para estudar. Hoje, dizemos que precisamos estudar para ir para o campo.
Lembro quando pisei no sítio pela primeira vez, pensei “De nada adianta a oportunidade se eu não tiver o conhecimento. Mesmo que o sítio exista apenas para lazer, saber onde estamos e como a natureza se desenvolve por aqui são condições básicas”.
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O colorido dos cogumelos que emergem das entranhas da floresta
Foi muito especial observar os cogumelos no sítio esse ano. Há uma área com árvores exóticas, pinheiros e alguns eucaliptos, e das entranhas do solo surgem os pontos coloridos fascinantes.
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Vamos brincar de escolher coisa?
Quando criança, para passar o tempo durante uma viagem eu brincava de escolher coisa. Na verdade, eu falava “escolê” coisa. Era bem fácil: olhar para as coisas que surgiam ao longo da estrada, apontar o dedinho e dizer: eu quero aquela casa, eu quero aquele carro, eu quero aquela flor.
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Duas espécies de eucalipto bem diferentes entre si, úteis para a casa e que quero plantar no sítio
De tão diferentes, eu não tinha me dado conta que havia guardado galhos de dois eucaliptos em casa. Tinha deixado secarem para usar na decoração e um deles, em especial, pelo perfume maravilhoso que exala. Duas espécies completamente diferentes visualmente e que acabei reunindo neste vaso para fotografar.
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Surpresa boa: eu tinha brotos de cerejeira-do-mato e não sabia
Junto com o araçá e a nêspera, a cerejeira-do-mato é uma das minhas frutas preferidas. Estas que aparecem na foto acima eu colhi de uma árvore na calçada. Depois que comi a polpa, plantei três sementes no vaso em que já morava uma bromélia. Ela tinha sido plantada com terra preta comprada em loja agropecuária, então achei que seria bom para as sementes. Passados alguns dias, esqueci que elas estavam ali.
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A muda do cacto palma-brava brotou e floresceu
A muda do cacto palma-brava ou, cientificamente falando, opuntia littoralis, primeiro foi plantada no chão, no pátio da casa dos meus pais e sempre ficamos na dúvida se ela tinha gostado dali ou não. Nunca notamos qualquer mudança até que, depois de transferida para um vaso, começaram a surgir os brotos e agora, por último, na véspera de Natal, um deles floresceu.
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As flores de mato que eu gostaria de cultivar em vaso
Há tanta beleza no sítio para onde olhar. Árvores antigas, gigantes, as cobertas pela barba de pau, aves planando no ar com seus mais de 1 metro de envergadura, araucárias despontando ao longe.
Mas na primavera é impossível caminhar sem olhar para o chão. A vegetação que a gente popularmente chama de mato, inço, consegue se destacar com suas preciosas flores. Afinal, é época de reprodução, vale tudo para chamar atenção dos agentes polinizadores – e das fotógrafas amadoras.
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Nêspera: como eu produzi mudas de uma das minhas frutas preferidas
Durante quase toda a vida chamei de ameixa. Ameixa amarela, às vezes, para diferenciar das roxas, vermelhas. Quando soube que ela atendia, mesmo, pelo estranhíssimo nome de nêspera, me recusei a chamar assim. Hoje é nêspera pra cá, nêspera pra lá. Afinal de contas, ela é tão maravilhosa de gosto, de textura, de suculência, que nem pode ser chamada de ameixa. Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa.
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Sete Copas: a árvore singular que adora o mar
A Sete Copas é uma árvore que escolheu a praia como moradia. A cada dez casas litorâneas, nove exibem um exemplar no jardim, além das que podemos apreciar na beira da praia e em outros cantos da cidade.
Nesta última vez em que fui ao litoral, notei que a poda da Sete Copas é fundamental para conduzir o crescimento e criar um formato que agrade ou, até mesmo, que seja útil para determinada função, como fornecer sombra. Algumas parecem verdadeiros toldos.