Reaproveitar e transformar materiais para oferecer um novo uso aos objetos é um dos prazeres que eu tenho. E esta reutilização veio na hora certa, quando a gente precisava de móveis para a casa alugada.
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Transformei uma grade de proteção em uma linda base de ferro para plantas
A casa dos meus pais é o S.O.S. das plantas. Toda e qualquer folhagem que encontro eu levo pra lá. Os vasos vão se multiplicando e o único lugar que temos para colocar é no chão. Só que por lá, vaso em contato com o piso significa facilitar para os caramujos, que escalam o vaso, chegam até as plantas e devoram elas em apenas uma noite.
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Antes e depois: vaso estilo antigo boticário bem-humorado
O vidro em estilo antigo boticário, que ficava no meu banheiro com flores, ganhou impressão feita à mão, personalizada e bem-humorada. Fiz com estêncil e tinta. Mas não precisei sair de casa nem entrar em uma loja de produtos não essenciais para conseguir os materiais. É que sofro da síndrome chamada Agora Que Consegui Os Materiais Eu Faço Outra Hora, só que a outra hora nunca chega.
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Antes e depois: moedor de pimenta vira porta-tempero
A pimenta acabou só que, além disso, o moedor, a parte de acrílico, quebrou. Uma pena jogar o vidro fora… Mas descobri que a tampinha do moedor encaixa direitinho no vidro, o transformando automaticamente em porta-tempero. Adoro temperar a comida e adoro reaproveitar vidro. Não tinha como dar errado.
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Antes e depois: Mural de inspiração
Esta transformação de ambiente tem muito daquele slogan de marca de esportes: apenas faça. Eu vinha adiando o mural de inspiração – que deveria ficar acima da mesa onde crio as peças em cerâmica – porque “precisava” de uma tela de ferro usada em construção que nunca encontrei em lugar nenhum do jeito que eu queria. Como o espaço é grande, pediria para cortar neste tamanho personalizado, e penduraria as referências e inspirações com pequenos prendedores que imitam os de varal de roupas – tenho eles aos montes e já uso no meu outro mural próximo ao computador, com lembretes e listas.
Na medida em que o tempo passava, fui pensando: essa tela aí, não encontro nunca, e depois eu teria que fazer furos na parede que faz divisa com o banheiro para pendurá-la… e já não aguento mais olhar para este canto sem graça… Ah, quer saber, vai de fita adesiva mesmo e era isso.
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Antes e depois: porta-tempero de vidro novo em folha
Os vidros que possuem o sistema de fechamento hermético são muito úteis. Eles isolam o conteúdo do meio externo por meio da vedação da rosca e, dessa forma, conservam a textura e o sabor do alimento – seu biscoito parece recém saído do pacote. Outra característica muito valiosa de um pote de vidro hermético é a sua transparência, para que o conteúdo seja visto sem que precisemos abrir a tampa, o que reduziria a validade do conteúdo – ou seja, o biscoito ficaria murcho. Porém, alguns desses vidros vêm com um sistema metálico de fechamento que pode enferrujar com o tempo. Foi o que aconteceu com o meu. Mas em nenhum momento pensei em me desafazer dele. Com apenas a retirada das partes metálicas e do anel de borracha já ressecado, ele virou um porta-tempero excelente. A tampa ainda encaixou direitinho e, dependendo do que se guarda nele, não há tanta necessidade de vedação, como no caso das folhas de louro já secas.
Eu adoro reaproveitar vidros. E, ainda por cima, não precisei comprar um porta-tempero.
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Antes e depois: meu banheiro reformado
Meu banheiro, depois de anos de infiltração – somando os que eu aluguei o apê e mais alguns como proprietária – não pode escapar de uma reforma total. Eu sou muito a favor das obras limpas (conceito que estou aplicando na minha cozinha), que reaproveitam os materiais e quebram menos possível ou nada. Mas o meu querido aqui estava literalmente caindo aos pedaços, principalmente na parte do box. Os azulejos, estufados em ângulos de quase 45 graus, podiam cair a qualquer momento. E os dois ambientes que dividem as paredes com ele sofriam com as infiltrações e o mofo.
Antes de qualquer coisa, preciso dizer que eu tinha uma ideia visual para o banheiro que acabou não acontecendo. Então ele ficou assim, como estamos vendo mas que, de qualquer forma, gostei do resultado também. Eu explico. Eu queria um banheiro super urbano, com cara de ambiente reaproveitado e com mix de texturas. Imaginem, no lugar dos azulejos verdes, textura de cimento queimado, bem manchado, tipo um viaduto mesmo. Era essa a minha ideia inicial: de um lado, porcelanato que imitasse pedra (pois verba para pedra de verdade não trabalhamos) e, do outro, na parte das louças e do espelho, a textura de cimento, bem manchado.
Acontece que o pedreiro que contratamos não apareceu no dia combinado porque tinha pego uma outra obra. E depois disso, conforme eu falava com outros profissionais eles me desencorajavam ou diziam que pela umidade do banheiro não seria o ideal, ou eu mesma não levava fé que fariam direito. Algo que parece ser tão simples, um concreto aparente, sem a parte de assentar os azulejos. Bom, quem nunca teve que partir para o plano B ou até outras letras seguintes do alfabeto em se tratando de obra, não é mesmo? Eu comprei o material para a reforma em 2015
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Antes e depois: casaco oitentinha revisitado
Os anos oitenta foram um período nonsense em termos de vestimenta. É só observar os botões que eram encapados com o mesmo tecido da roupa ou no mesmo tom. O que era isso? A época do combinandinho.
O que eu quero com este post, além de dizer que adoro os anos 80, pois nasci no meio deles e usei muita coisa que hoje rende muitos apelidos, é reforçar a ideia de que basta uma modificaçãozinha numa roupa pra gente voltar a gostar dela novamente. Isso implica em menos compra, o que joga menos poluentes na natureza (a indústria da moda é a segunda que mais polui, vejam clicando aqui), o que faz você economizar o seu suado dinheirinho, o que faz você vestir um casaco com cara vintage mas com um visual atualizado, o que não te deixa com jeito de esforçado para parecer algo pois ele parece seu desde sempre. E tudo isso faz de você uma pessoa super cool. Adoro roupa vintage, adoro brechó, adoro não parecer um cabide de loja.
Para transformar o casaco, eu me inspirei nos trench coats que muito circulam por aí em cores “begesadas” e com aqueles botões pretos graúdos. Os botões pretos graúdos foram os responsáveis por ressuscitar o casaco
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Antes e depois: Fruteira metaleira dos sonhos
Ano passado, enquanto entregava minhas doações em um centro de arrecadação e distribuição, vi uma das partes de uma fruteira, daquelas que ficam suspensas, atirada em um canto. Mas era visível seu potencial. Estava inteira, todas as hastes firmes e ainda soldadas. Não pensei duas vezes. Quando perguntei quanto os guris do centro queriam por ela, me deram de presente, já que eu estava sempre ali fazendo doações. Minha reação foi tipo: feliz que nem pinto no lixo.
Cheguei em casa sapateando, querendo restaurar e ter logo minha
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Antes e depois: final feliz para a mesinha de apoio
Eu adoro os antes e depois pois mostram a transformação de um cômodo ou um objeto, o que é um grande incentivo pra gente fazer a mesma coisa com nossos móveis em vez de sairmos comprando algo que não necessariamente vai dar personalidade à nossa casa.
Esta mesinha com cara de antiga e completamente sem graça teve uma transformação inspiradora, feita pela Brittni Mehlhoff, no site Curbly. Vendo o resultado já começou a brilhar algumas ideias pra eu reformar uma cadeira que comprei em uma loja de usados. Sempre fico em dúvida de que cor e como cobrir materiais metálicos, como