Meu banheiro, depois de anos de infiltração – somando os que eu aluguei o apê e mais alguns como proprietária – não pode escapar de uma reforma total. Eu sou muito a favor das obras limpas (conceito que estou aplicando na minha cozinha), que reaproveitam os materiais e quebram menos possível ou nada. Mas o meu querido aqui estava literalmente caindo aos pedaços, principalmente na parte do box. Os azulejos, estufados em ângulos de quase 45 graus, podiam cair a qualquer momento. E os dois ambientes que dividem as paredes com ele sofriam com as infiltrações e o mofo.
Antes de qualquer coisa, preciso dizer que eu tinha uma ideia visual para o banheiro que acabou não acontecendo. Então ele ficou assim, como estamos vendo mas que, de qualquer forma, gostei do resultado também. Eu explico. Eu queria um banheiro super urbano, com cara de ambiente reaproveitado e com mix de texturas. Imaginem, no lugar dos azulejos verdes, textura de cimento queimado, bem manchado, tipo um viaduto mesmo. Era essa a minha ideia inicial: de um lado, porcelanato que imitasse pedra (pois verba para pedra de verdade não trabalhamos) e, do outro, na parte das louças e do espelho, a textura de cimento, bem manchado.
Acontece que o pedreiro que contratamos não apareceu no dia combinado porque tinha pego uma outra obra. E depois disso, conforme eu falava com outros profissionais eles me desencorajavam ou diziam que pela umidade do banheiro não seria o ideal, ou eu mesma não levava fé que fariam direito. Algo que parece ser tão simples, um concreto aparente, sem a parte de assentar os azulejos. Bom, quem nunca teve que partir para o plano B ou até outras letras seguintes do alfabeto em se tratando de obra, não é mesmo? Eu comprei o material para a reforma em 2015 e só consegui realizar a obra em 2017 devido a esse e a vários outros percalços. Ou seja, eu não queria que uma textura de parede atrasasse mais ainda a possibilidade de eu acabar com os problemas da minha casa.
Então fui atrás de um outro material. Daí vocês me perguntam: mas por que não procurou por placas que imitassem o cimento queimado? Primeiro, não seria a mesma coisa com as linhas dos rejuntes e, segundo, o que eu encontrava no mercado não me agradava. Não parecia cimento queimado, eram impressões mal feitas da textura, pelo menos os que eu podia pagar.
No fim das contas, com os azulejos individuais, neste tom de verde, eu consegui imprimir um visual de spa, de um ambiente relaxante, tranquilo, próprio daquela hora do final do dia, quando a gente volta pra casa.
O espelho eu consegui em uma loja de móveis usados. Pesadíssimo, madeira maciça. Saiu por R$70. O vidro antigo com as plantas eu reaproveitei o que já tinha em casa. O objeto de louça com tampa encontrei na Feira do Lavradio, também conhecida como Feira do Rio Antigo, por R$10, e uso como porta-algodão (clicando aqui você confere o post que fiz sobre a feira). O porta sabonete líquido faz parte de um conjunto de 3 peças (com saboneteira, que deixei no box, e porta escova de dente) da Tok Stok, em torno de 70 reais o kit. Outro material que reaproveitei foi o gancho para toalha, naquele estilo barra de metal – dá pra ver ele nas fotos do antes e do depois.
A louça branca era um sonho meu. Não somente por uma questão estética mas de saúde. Ver a cor do xixi é um direito nosso, minha gente!
Eu sou apaixonada por esses armários espelhados de banheiro e queria muito ter um sobre a textura de cimento queimado da ideia inicial. Como o que eu tinha era embutido, não deu para reaproveitar a caixa do armário que teve de ser arrancado da alvenaria mas, pelo menos, consegui guardar as portinhas espelhadas. Quero ver se reutilizo elas em outro espaço da minha casa.
O que não deu para ser mantido, mesmo, pois precisou ser retirado e, inevitavelmente quebrado, foram os azulejos dos anos 60. Olha o mofo roxo que habitava debaixo deles, dá pra acreditar?
Quero falar mais especificamente dos materiais que escolhi e das soluções para os problemas, como a infiltração, em breve. Então, na sequência, publicarei mais posts sobre essa reforma. Tá bom? Então tá bom.
Fotos e texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha
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