Por aí,  Rio de Janeiro

Feira do Rio Antigo ou Feira do Lavradio – Um desejo realizado

Eu pesquisei muito sobre o Rio de Janeiro antes de conhecê-lo. Principalmente em se tratando de decoração, usados, antiquários, feiras ao ar livre, onde eu pudesse encontrar souvenirs interessantes e também… gente, muvuca. A Feira do Lavradio, também carinhosamente chamada de Feira do Rio Antigo, se tornou uma experiência pra se viver na minha lista de coisas do que fazer no Rio. E parecia que era pra ser mesmo, porque a feira acontece no primeiro sábado do mês, e eis que eu estava lá no primeiro sábado de maio.

 

 

Superou tudo que eu tinha imaginado. A feira é tudo o que uma feira tem que ser, e é ainda melhor. Movimentada mas não a ponto de você não conseguir se locomover. Produtos maravilhosos, tanto da parte de artesanato – produtos novos – quanto dos itens de brechó e antiquário. Aliás, a Rua do Lavradio é uma rua de antiquários. Eles se misturam às barracas da feira. Estas, uma charme só, todas iguais, com um toldo em padrão estampado de listras vermelhas e brancas. Adorei. Mas continuando sobre o que a feira tem de bom, eu ainda destacaria as pessoas. Gente interessante e alegre. Deve ser por causa da música que fica tocando. A feira tem trilha, então todo mundo fica envolvido no clima de corpo e espírito. Samba, música brasileira. Imagina começar o sábado assim.

Deixo aqui alguns dos meus registros sobre esse item que eu tive o enorme prazer em riscar da minha lista.

 

Antiguidades, vem ni mim

Vocês já devem estar saturados de tanto eu falar: A-mo antiguidade! E era exatamente o que eu procurava nesta feira. E encontrei não somente relíquias, mas um novo objeto para colecionar – pois é, lá vou eu. São essas caixinhas metálicas com designs de todo tipo, feitas antigamente para carregar comprimidos.

 

O estojinho das duas meninas eu trouxe de lembrança para a minha irmã, mais nova que eu, e dentro coloquei um recadinho com duas conchinhas da famosa Princesinha do Mar, nos representando. Ela se emocionou. Ou seja, acho que gostou 🙂

 

Muita, mas muita louça da vovó também, e com preços até razoáveis. Adorei o bule que está em primeiro plano na foto, em preto e branco e algumas partes manchadas. A tampa lembra uma lona de circo.

 

Pena que esse carinha não cabia na minha mala… era cada coisa que eu encontrava e imaginava um décor com aquilo, que me dava vontade de largar tudo aqui e já começar a morar no Rio, só pra poder sair com as coisas debaixo do braço. Mais prático, não é mesmo?

 

Bibelôs de todo tipo e santinhos também.

 

Abraçada pela arquitetura histórica do Rio

Uma das belezas da feira são os prédios de arquitetura antiga do centro do Rio. Na Rua Lavradio só dá eles. Uma lindeza esta cúpula cinza com textura de escama de peixe.

 

 

Adorei a tonalidade desta construção. Talvez uma cor assim ficasse boa no meu quarto… hum… vou estudar. Ela é tranquila mas ao mesmo tempo não é muito clarinha, tipo quarto de bebê. E ainda por esta foto dá pra notar que a feira fica linda com o padrão de barraquinhas listradas.

 

Verde, verde e mais verde. E a feira vai ficando mais linda.

 

Feito à mão, no capricho

Queria trazer tudo que vi para Porto Alegre. Tem muito capricho nos itens feitos à mão, ou seja, têm qualidade e são lindos.

 

 

Capelinhas feitas com latas de sardinha, cobertas com o detalhe do detalhe! Uma graça é pouco.

 

Fiquei achando que a Frida é a patrocinadora oficial da feira. A mulher está em quase todas as barracas. Quem adora esse mulherão, assim como eu, corre pra lá. Com certeza vai encontrar algum artigo com essa artista.

 

Antiquários de portas abertas

Como eu disse, esta rua é a rua dos antiquários. Eles participam da feira quase que sem querer. Alguns até expõem suas peças na rua e nas calçadas. Visitei um e pedi para fotografar, e esta loja, especialmente, tinha coisas gigantescas, estátuas, espelhos, armários com figuras humanas entalhadas na madeira. Coisa de outro mundo. Adorei a gueixa branca. Reparem no tamanho do móvel atrás dela, dos vasos dentro dele, e do espelhão na lateral da porta. E tudo trabalhado no dourado.

 

 

 

Mais uma coisa que queria trazer na mala mas não cabia: cadeiras de ferro. Melhores criados-mudos! Ai, com uma pequena pilha de livros e uma luminária bem contemporânea, mas pequenina, em cima… sonho meu, sonho meu, lá lá lá…

 

Esta loja possui um milhão de luminárias, todas do tempo do Ariri Pistola (nossa, fazia tempo que não falava essa expressão! como pode as coisas simplesmente surgirem na sua mente, eu tinha esquecido completamente!) Todas com formatos diferentões e com uma camada extra de pó. Queria levar algumas dezenas. Mas bem caras. E quebráveis.

 

Muito mármore, muita escultura, muita pedra, muito ferro antigo. E muita vontade de ter um jardim enorme pra colocar tudo isso.

 

Comes e bebes, oba!

Que a rua é a rua dos antiquários, isso já dá uma alegriazinha infinita. Só que ela também é a rua dos botecos e restauras. O paraíso, não é mesmo? E todos muito estilosos: piso de ladrilho hidráulico, cadeiras de metal amarelas mas descascadas porque são antigas… muita paixonite por esse décor.

 

 

 

Gente, povo, muvuca

Ficar na beira da praia só relaxando também é uma ótima opção, não me incomoda, digamos. Mas depois de fazer muito disso, dá uma vontade de se enfiar onde tem mais gente, conhecer pessoas, saber do que elas estão falando e gostando, o que tá acontecendo. A feira traz isso, contato, troca, novidade. Tem muita gente animada na feira, e cedo da matina de um sábado! A propósito, praia da zona sul do Rio de Janeiro, na baixa temporada, é mais uma praia quase exclusiva. Um grita, o outro não escuta.

 

 

 

 

Muito querer e pouco poder

Eu fiquei desmaiada com este brinco de mãos adornadas com pedrinhas. E cabiam na mala, yes! Eram quase R$ 200,00… hum… Acho que se eu tirar uma foto deles eu posso tê-los de alguma forma. Posso tirar uma foto moça? Obrigada.

 

 

Décor temporário

Criatividade para expor os produtos não falta na feirinha. Dá até uma sensação de se estar em casa em plena rua.

 

 

 

Pensem que eu fui querida com vocês, pois eu tinha mais umas 600 fotos da feira. Não coloquei muitas, acho. O restante eu deixo reservado para o insta da Casa, o @casabaunilha 😉

Em breve, mais posts sobre o Rio de Janeiro. Se você não viu o primeiro, com dicas sobre onde comer no Rio, clica aqui e confere sugestões de lugares com arroz e feijão e super em conta.

 

Fotos e texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha

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