• Curitiba,  DECORAÇÃO,  Decorar,  Paraná,  Por aí

    Um café da manhã e uma curadoria de decoração surpreendente em Curitiba

    Esta história é daquelas que começa mal mas termina bem. Ou, para quem acredita, é daquelas que porque os personagens estavam na pior, algo bom veio na sequência. Ou, ainda, daquelas em que as coisas acontecem por algum motivo, no melhor estilo “era para ser”.

    Eu estava com meu marido em Curitiba e cedo da manhã iríamos embora da cidade. O plano era simplesmente entrar no carro e se mandar, sem mais nenhuma atividade por lá. Só que passamos por um perrengue tão infeliz na noite anterior, que acordamos no dia seguinte com o sentimento de: nós merecemos tomar um bom café da manhã num lugar legal. Não entrarei em detalhes, apenas direi que foi a única vez em que entrei em um supermercado e saí com dois litrões de Coca-Cola (pois não tomo refrigerante, muito menos Coca-Cola) para desentupir a privada do apartamento que alugamos. Que fique claro que foi ideia do proprietário.

  • DECORAÇÃO,  Decorar,  sala / estar

    A importância do contraste na decoração

    É uma característica da minha casa estar sempre mudando e é algo que já entendi. Porque mudo. Na medida em que amadureço, as ideias que tinha sobre a vida e preferências já não governam mais a minha cabeça e dão lugar a outras. Somente a minha apresentação no blog eu já perdi as contas de quantas vezes reescrevi – fica na barra lateral para quem acessa em tela grande, ou lá no final para quem vê por celular, ou na parte SOBRE do menu. Não mudar é, no mínimo, duvidoso. Algo não vai bem.

    E se teve um canto da minha casa que se modificou muito, e por muitas vezes, foi o da TV. Tenho o rack que fiz no estilo faça você mesmo, suspenso e instalado acima da TV, o que liberou o móvel que fica abaixo dela. O décor deste móvel já mudou horrores. Embora sempre satisfeita com as mudanças, aquela sensação de que alguma coisa ainda faltava nunca me deixou. E o que faltava eram, exatamente, algumas noções sobre CONTRASTE.

  • DECORAÇÃO

    Como eu parei de acumular

     

    Estes pacotes na foto, com dezenas de saquinhos para presente, você encontra em casas de papelaria especializadas. E na minha.

    Faz alguns posts que compartilho no blog a odisséia para descartar itens e partir de uma vida acumuladora para uma melhor, na tentativa de abrir espaço para o que está por vir, além de viver com, como é mesmo… qualidade de vida. E com o tempo, fui percebendo onde estava errando, amadureci e aperfeiçoei o olhar para o que deve ficar e o que deve ir embora. Agora vou dividir com vocês o processo que desenvolvi, mas de uma maneira natural, até, conforme as situações foram acontecendo. Dividi em três etapas, a Autoanálise, a Mudança Mental e o Processo. E, ao final, ainda compartilho o que ficou dos ensinamentos da Marie Kondo. Espero que eu consiga te ajudar contando a minha experiência, que é muito mais sobre questões internas do que aquelas dicas do tipo “posicione os itens assim” ou “dobre assado”. Parece até meio piegas mas, acredite, a mudança é interna.

     

    1. A AUTOANÁLISE

    É coisa da minha cabeçaCom certeza, o ato de guardar algo é consequência de alguma necessidade. Às vezes ela é bem clara e definida – e válida – e, às vezes, não. Pode haver componentes psicológicos nebulosos no subconsciente envolvidos no processo de acumular itens. Boa parte do que acumulei foi durante a minha adolescência e faculdade. Períodos em que buscava descobrir quem eu era e o que eu queria fazer. Fases bastante confusas e conflituosas. Embora desde criança eu já guardava muitas coisas. Esse é um dos aspectos que consigo enxergar, aquele que está na superfície. Deve haver muito mais nas camadas profundas.

  • DECORAÇÃO,  Decorar,  home office

    Organizando cabos no home office

     

    Às vezes, contrariando os nossos esforços, temos de nos render a algumas exceções no que se refere à organização da casa. Quem diria que eu, no eterno exercício de eliminar o que não uso em busca de uma casa mais organizada e com menos objetos, tive de selecionar um a mais para ficar na mesa do home office só para guardar cabos. Para mim, cabos não merecem aparecer no nosso campo de visão. Eles enfeiam o visual, contribuem para a desordem, se enroscam em outros objetos. Cabos: socorro! Só que por mais que eu pense que eles deveriam ficar escondidos na gaveta, dependendo do cabo, se bastante usado, ele necessariamente precisa ficar sobre a mesa. Como o da máquina fotográfica e o do celular. Toda hora é hora de usar os tais cabos.

  • Crônicas

    Eu não tenho micro-ondas por opção | Descascando o abacaxi da organização

     

    Esta foto eu fiz em um dos momentos de modificação da minha cozinha. Esta estante, que antes era dos livros, se tornou o balcão auxiliar no preparo das refeições. Eu tinha um abacaxi e ele foi a primeira coisa que coloquei em cima. Achei interessante a limpeza visual da composição e resolvi clicar. Daí comecei a pensar que, quando organizamos a nossa casa, realmente precisamos descascar um abacaxi. Precisamos, por exemplo, reconhecer ou, até mais apropriado, dar o braço a torcer que nem tudo que todo mundo tem ou faz é pra gente. Precisamos reconhecer que não vamos nos encaixar direitinho na maneira que nos disseram que é legal de se viver.

    A questão toda não é sobre viver com menos. Acho que em termos de organização da casa e, por que não, da vida ou, por que não, ainda, mental, a gente precisa é viver com o que nos serve mesmo.

    A geração dos meus pais acho que foi a última que vivenciou a exigência dos casais terem aqueles montes de equipamentos para a cozinha, como batedeira, balança, sopeira, processador (e como eles usavam aquele processador para moer carne!), se bem que hoje temos os juicer, as fritadeiras a ar, os mixer, as panelas e chaleiras elétricas, nossa, até mais traquitanas que antes, mas também temos a consciência de que não precisamos de tudo. E a configuração da casa também sofria com as exigências da sociedade. O imóvel precisava ter uma sala de visitas, que não acomodava a TV, aparelho que ficava numa segunda sala, a de estar, com os brinquedos das crianças, os livros, a bagunça do dia a dia. Comer na cozinha, então, isso não existia. O que existia era a sala de jantar. Nada de comer no meio da baderna resultante do preparo da refeição. Hoje, os imóveis que apresentam essas configurações recebem reformas que exterminam as paredes e integram tudo. Quem cozinha quer ficar junto e, se possível, que as pessoas apreciem o show do chef. Tudo mudou.

    Só que a gente sai de algumas ditaduras para entrar em outras. E isso acontece em muitos aspectos da vida (como, por exemplo, a ditadura do cabelo crespo. Quem tem, não pode mais optar por alisar sem ser grosseiramente criticado, mesmo que alisar seja um desejo mega consciente). E no que se refere ao morar, a gente saiu da ditadura da casa comercial de margarina para a casa container, ou o guarda-roupa cápsula, ou as regras para se viver a vida com 33 itens, e por aí vai a condução da vida com quase nada.

    Eu mesma já falei algumas vezes aqui no blog sobre o meu desejo e as minhas ações para viver com menos, uma vez que acumulo muita coisa na minha casa. Já acordei para o fato de que

  • DECORAÇÃO,  Decorar,  Ideias mil

    Desapegando da coleção de mini bebidas que não era minha

    Definitivamente, estou focada em reduzir o número de coisas dentro da minha casa, porque penso que o foco é outro na vida, são os momentos, as pessoas, as experiências – claro que ainda posso ter os itens úteis e preferidos por perto. Por isso, então, a quantidade de posts sobre desapego e organização que estão povoando este blog.

     

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    Um dos meus últimos desapegos foi a coleção de mini garrafinhas que era do meu pai. Pois é, não era nem minha. Me afeiçoei a ela porque era dele. Mas tento entender, durante esse processo de desapego, que outros motivos nebulosos faziam eu permanecer com ela. Sim, porque a nossa mente não é um cristal transparente, ela é nebulosa. A gente mantêm coisas em casa simplesmente por manter, mas o que é que acontece na real?

    Vou tentar elencar aqui

  • Crônicas,  Vida e Carreira

    O princípio do vazio

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    Na última crônica, aquela sobre o nirvana do guarda-roupa, eu comentei sobre a importância do período de fim de ano pra mim já que me inspira a rever muita coisa na vida e, claro, em casa, como arrumação, descarte e desapego – acho que com quase todo mundo é assim, não é mesmo?

    Pois muito bem. Certa vez, minha tia querida, Denise, mostrou um texto que me trouxe uma reflexão profunda. Talvez porque mexa um pouco com ego, orgulho, esses cretinos osso duro de roer que não aceitam muito bem uma revolução. O texto não é novo, é do Joseph Newton, já rodou os quatro cantos da internet, mas considero importante ele marcar presença neste momento

  • Crônicas,  Vida e Carreira

    Como atingir o estado nirvana do guarda-roupa?

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    Eu juro pra vocês que fico constantemente tentando me livrar de coisas aqui em casa. Maaaas, quando o fim de ano se aproxima, dá aquela vontade que vem lá do fundo do meu ser de fazer uma revolução, descartar e doar boa parte das coisas que tenho e buscar uma vida que seja possível com menos. Pois agora, o meu foco é o guarda-roupa.

    Alguns já sabem, eu moro em um apê pequeno – com menos de 50m², e não 200m² como algumas marcas e empresas de decoração gostam de classificar imóveis pequenos – pois justamente porque junto e coleciono coisas, achei que morando em um espaço contido eu teria que me esforçar pra aprender a viver com menos, e a valorizar qualidade e não quantidade. Então é assim desde que decidimos (meu namorado e eu) morar dessa forma.

    Pois bem. Em um apê pequeno, quarto pequeno. Para um quarto pequeno, um guarda-roupa menor ainda. E dentro dele, duas partes, sendo que apenas uma é minha, e é dentro dessa minha que tento fazer mágica pra caber tudo. Meu sonho era abrir o roupeiro e enxergar 1 calça jeans, 2 camisas e 1 vestido. A sensação de limpeza mental que deve dar isso deve ser algo fenomenal. Só que

  • DECORAÇÃO,  Decorar,  Ideias mil

    1 quadro, muitas histórias

    Adoro colecionar coisas, claro que na medida do possível, porque meu apê é pequeno, então não posso me dar ao luxo de colecionar bicicletas, por exemplo (tirando o fator grana pra fazer essa brincadeira, ok?).

    Então, se você também é do time que coleciona miudezas em larga escala, confere esta ideia pra reunir e expor a sua preciosa coleção, ou melhor, a sua preciosa coleção de histórias vividas. Que, na real, é isso que as coleções representam pra nós.

    Em caixinhas com a frente envidraçada, você vai jogando ali as peças e, com o tempo, vai vendo a coleção crescer. Quadrinhos e até alguns porta-retratos cumprem muito bem esse papel. E, no fim, a coleção acaba virando um quadro bonito na sua parede.

     

    historias de casa

    A colorida coleção de caixinhas de fósforo é da Histórias de Casa

  • DECORAÇÃO,  Decorar,  Ideias mil

    Vida simples

    Oi, gente, tudo bem com vocês? Eu tô ótima, mais leve! No post anterior contei pra vocês que faria a revolução dentro de casa e descartar muitas coisas a fim de ter uma vida mais simples, com menos objetos, menos roupas, menos tudo, lembram?

    E, como prometido, agora vou contar o passo a passo que me ajudou nessa empreitada, aquele do método konmari que li no livro da japonesa Marie Kondo, A mágica da arrumação. Antes, queria situar vocês no meio dessa conjuntura toda. A mudança sempre esteve dentro do meu eu. Vocês devem saber como é, a gente começa a mudar a forma de pensar ao longo da vida, a entender tudo de um jeito diferente e então ficamos com vontade de começar do zero! Só que por comodismo vamos levando a vida do jeito que está, né não?

     

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    Diante da natureza aí da foto, vida simples na verdade tá mais pra vida de luxo.

     

    Pois o grande tapa na cara me foi dado pela natureza, durante a viagem que fiz a Foz do Iguaçu, no Paraná. A chuva que as quedas d’água das Cataratas lançaram sobre mim surtiram efeito pra dentro da minha pessoa. Acho que fui batizada de novo! hahaha De um lado, a natureza correndo seu curso e, de outro, a pesada intervenção