Curitiba,  Paraná,  Por aí,  Santa Catarina

Roteiro de 4 dias em Curitiba | Dia 4

Domingo. Aquele dia em que ou você embala na deprê que ele, por natureza, carrega, ou levanta, sacode a poeira e vive intensamente. Claro que para quem está de visita, é mais um dia para conhecer a cidade. Mas, mesmo assim, o domingo pede aquele tipo de programa em que você acaba se misturando aos moradores, aos locais. Feiras, parques, atividades ao ar livre, alimentação mais desligada de qualquer dieta ou mesmo de uma mesa reservada. E, de certa forma, consegui fazer da capital do Paraná um pouco a minha casa, já que os programas escolhidos foram praticamente os mesmos que eu faria em Porto Alegre. Adoro estabelecer esta conexão de rotina quando eu viajo. Chimarrão no parque, no domingo, é sagrado. O quarto dia em Curitiba foi só prazeres.

 

D I A  4  |  D O M I N G O

Dia de feira no Largo da Ordem, de pastel e caldo de cana, do gigante Parque Barigui e de um hot dog mais que especial.

 

1. Feira do Largo da Ordem

Eu já fui para Curitiba sabendo da Feira do Largo da Ordem e ela estava mais do que certa como destino na manhã de domingo. O que eu não sabia era que ela é tão extensa e tão cativante, que desistimos de almoçar na promoção do Festival Bom Gourmet para ficar por ali mesmo, no meio do povo, comendo um pastel delicioso para continuar curtindo um pouco mais da feira no comecinho da tarde. Roda de capoeira – que se eu pudesse, ficaria horas assistindo, adoro – teatro de rua e muitas, mas muitas barraquinhas com artesanato de qualidade. A gente encontra de tudo na feira. De bebês de mentira que parecem reais até cortadores de inox de todas as formas, feitos por um japonês muito simpático e que eu trouxe para fazer cerâmica. Os bares e restaurantes do caminho da feira também ficam abertos e servem o prato típico da região, o Barreado.

 

Há muitas ideias maravilhosas para decorar a casa. Como a arte do Ronaldo Haammes. Pintor clássico, teve a ideia de ilustrar questionamentos, poesia e bom humor em placas de madeira reutilizada. Eu adorei o trabalho dele e trouxe um quadro pra casa.

 

Cestaria de elefante. Uma simpatia que só. Também tem aquelas bolas de gravetos e guirlandas, que todo mundo procura nesta época do ano.

 

Tem uma ala da feira só para os pintores. E muitas são as obras que retratam as paisagens naturais do estado, sempre com a araucária como protagonista. Eu simplesmente amei os tons deste quadro. Cores quentes mas, ainda, suaves. Sensacional.

 

Quadros da artista plástica Niatzaki, uma senhora que também é professora de pintura e que colore quadros desde menina. Belas paisagens do Paraná e suas araucárias. Eu trouxe um quadro dela pra casa, com uma paisagem praiana muito linda.

 

Quase trouxe um para a minha cozinha. A madeira reaproveitada, com resquícios de tinta, adoro!

 

Caixas e mais caixas! De todo tamanho. E, ainda, cabideiros, floreira/horta suspensa, prateleiras, engradados. Dá para resolver a casa nesta banca.

 

Há uma rua dedicada ao encontro de carros antigos. Um mais lindo que o outro. Este que aparece na foto combina com a construção ao fundo. E embora confunda muita gente, esta é a parte de trás do carro.

 

Repito: um mais lindo que o outro.

 

Painéis originais e inteirinhos.

 

Esta banca era tomada de bottons e pins. Muitos. Muitos mesmo.

 

Calçados em couro, coloridos e ainda em processo de confecção.

 

Eu entendo elas, louça antiga… Na minha casa sempre tem espaço para mais um pratinho na parede.

 

Gente, foi a maior feira de rua que eu já vi na vida. Começa lá no largo da ordem, lá embaixo, e vai subindo, vai andando, e não para mais. E às vezes tem 4 linhas de barracas. É muita coisa. Vá com tempo.

 

2. Comida de feira para o almoço

Desistimos de almoçar em um dos restaurantes participantes do Festival Bom Gourmet que acontecia em Curitiba (veja o jantar do dia 2), em que almoço e jantar eram servidos a preços fixos e bem mais em conta. A energia da feira foi mais forte. Comida de feira né, gente. Difícil competir com isso. Tanto o caldo de cana quanto o pastel que pegamos ficam na esquina da Rua Kellers com a Ermelino de Leão, em uma das esquinas da Praça João Cândido. A barraca do pastel não possui uma identificação sequer. Mas tem uma fila gigante, então é ali. Pegue o cardápio no balcão e vá escolhendo o sabor já na fila. Escolhemos um de carne seca e um de palmito. Muito bons. Bem recheados. Nada a ver com os pastéis de palmito que já comi, que vêm 5 cubinhos de palmito dentro. O da feira vinha com muito recheio mesmo. E na barraca do caldo de cana tinha muitas variações, até com abacaxi, mas acabamos optando pelo caldo puro tradicional. Só que achamos que o abacaxi deixaria menos enjoativo. Se alguém provar, escreve nos comentários o que achou. Almoçamos sentados no banco da praça mesmo.

 

Esta era a visão.

 

3. Tarde no Parque Barigui

Eu li no site sobre o turismo na região que diz – e achei até muito interessante a franqueza – que Curitiba não tem muitos atrativos naturais e que, portanto, teve de se inventar, digamos assim. Por isso Curitiba tem tantos parques, bosques e jardins, áreas de convívio que mantêm as pessoas em contato com o verde em meio aos prédios. Foi muito difícil ter de escolher apenas um parque para conseguir encaixar no roteiro de 4 dias. Há parques muito lindos, com quedas d’água, como o Parque Tanguá, e tantos outros que homenageiam diferentes etnias e culturas, como o Tingui. Pois bem, o escolhido foi o Parque Barigui porque é o parque que a gente mais ouve falar quando o assunto é Curitiba. E ele é bem movimentado, tem aquela aura da prática de esportes e lazer, com várias pistas para caminhada, corrida, bike, etc. Tinha até um circo e um parque de diversões montados, passeio de helicóptero, além de animais andando livres, como capivaras e patos – ou marrecos ou gansos, não sou muito boa nisso.

 

Um petisquinho nesse deck, sem hora pra nada, coisa boa. Mas fiquei só imaginando, eu não cheguei a testar o serviço.

 

Teve sol! Obrigada, Chuvitiba!

 

A pipoca do parque subiu um degrau. Pedaços de bacon. Dá pra pedir sem os pedaços de bacon. Mas o sabor e o aroma dos pedaços de bacon já estarão entranhados. Obrigada, senhor. Eu falei pra moça que era das melhores pipocas que comi. E era verdade, não falei para agradar.

 

Adorei o clima do Parque Barigui. Acho que viraria meu parque oficial do chimarrão de todo domingo. Ah, ele ainda tem estacionamento gratuito.

 

4. Boa comida de rua para o jantar

Queríamos muito comer uma comida de rua. E domingo à noite, se fosse em Porto Alegre, seria bem difícil de encontrar uma boa aberta, além do fato de faltar coragem de sair atrás. Pois em Curitiba isso existe e a gente se sente seguro devido ao movimento nas ruas. Depois de muito pesquisar, encontramos o Hot Dog Benassi, da Rua Alberto Folloni, número 975, no bairro Juvevê – te liga que tem vários endereços. A atendente é uma simpatia que só, o lugar é limpo, organizado, com alguns banquinhos na calçada para quem quiser comer por ali, que foi o nosso caso, mas a maioria ou pede tele ou pede ali e come em casa. Leva vinagrete e uma farofa de palha. E a gente ainda pode escolher entre maioneses tradicional, de alho ou de bacon. Muito, muito bom. Comi dois.

 

Este foi o quarto dia em Curitiba. Mas as postagens ainda não acabaram. Como eu cheguei em Curitiba numa quinta-feira ao meio dia, ainda falta uma manhã para completar certinho os 4 dias. Então, em breve, teremos um post bônus com uma sugestão de café da manhã. Até mais.

 

Fotos e texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha

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