O encontro com o oceano é sempre um divisor de águas na minha vida – sem trocadilhos. Não há lugar como o mar. Nem a virada de ano novo tem tanto poder de recomeço e regeneração como o mar – e não precisamos esperar uma data para isso.
O banho de mar tem poder. Aquele mar com ondas que quebram com vontade, lava a tua vida, te absolve dos erros e te devolve olhando para frente.
A espuma abraça, as bolhas fazem cócegas como uma espumante, a água sempre renovada. E de novo. E de novo. O ir e vir que nunca é o mesmo.
Volto para a rotina com vontade de mudar tudo. Para menos. Menos é mais e essa frase nunca é demais. Nem de menos.
Quando pareço recair nos velhos vícios e irritações, revisito o encontro com o mar e tudo fica bem. O mar vive em nós pelas lembranças.
Se passo por algum momento difícil, logo penso: encaro isso e depois vou à praia. Primeiro o dever, depois o prazer. O mar está sempre à espera de fazer algo por nós.
Ele é tão poderoso que suas lembranças bastam para nos fortalecermos, da mesma forma que nem é preciso banhar-se nele, apenas estar junto dele.
É o tipo de experiência que vale a pena, é gratuita e os resultados são imediatos, com duração de prazo indeterminado, podendo ser acessada sempre, ao abrirmos a caixinha das boas lembranças.
Um momento novo em folha teve início depois daquele banho de mar.
O recomeço.
Foto e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.