Eu não sei vocês mas, pra mim, quanto mais tinta descascada, madeira antiga e história pra contar uma construção tem, melhor. Com um cusco querido no pátio, então, está completo o cenário. O Armazém Klauck chama a atenção de quem passa na paisagem da beira da BR 116, tanto para quem sobe a serra gaúcha quanto para quem volta dela. Fica bem numa curva e é o tipo de construção que captura a minha atenção mesmo sem eu saber do que se trata. Quando eu me aproximei da fachada, fotografando, o Roberto apareceu e disse que era 50 centavos cada foto. Ao que respondi que ele ficaria rico. É com esse bom humor e simpatia que ele recebe os visitantes e clientes, mantendo viva a memória do espaço deixado pelo pai.
A construção, de 1920, sempre esteve ativa como armazém. Há grandes armários e balcões, todos originais, onde há muitos produtos à venda, de todo tipo. O espaço é bastante comprido e o Roberto conta que a viga de madeira que sustenta o teto é uma peça única, sem emendas.
Muitas e muitas vezes passei por essa vista.
Adoro os detalhes da porta. E os vitrais, acima das portas e das janelas, são difíceis de se encontrar hoje em dia, ainda mais quando se faz necessário o restauro. Eles eram chumbados, um processo manual e trabalhoso. O chão também é original.
Esta é a porta que divide o ambiente do armazém do antigo salão de baile, também rica nos detalhes.
Este era o espaço do salão de baile da época. Hoje ele não tem mais essa função, embora ainda preservado e incorporado ao comércio.
Nele, funciona um bar com mais produtos à venda.
Um chão desses, heim? Essa madeira não vai se terminar nunca. A propósito, sou fã de luz entrando pela janela. Um dos meus “modelos” preferidos para fotografar.
A maquete do armazém. Adorei que ela leva em conta a curva característica deste trecho da estrada.
Aos poucos, o casarão vai sendo revitalizado, como podemos perceber pela cor nova, o verde bandeira aplicado nas janelas e porta à direita da construção.
O Armazém Klauck fica no km 210 da BR 116, n° 23516, em frente à Igreja de Picada São Paulo. Distante aproximadamente 6 quilômetros de Morro Reuter.
Vale a pena parar para conhecer e reabastecer a despensa de casa.
Fotos e texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha
3 Comentários
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Maria
Juciéli mais uma vez obrigado por esse pagina com relatos tão ricos em detalhes e viagens simples. Cheguei aqui procurando viagens por cidades pouco conhecidas na nossa amada terra. E AMEI e esse teu cantinho. Muito Muito Obrigado Não consigo parar de ler. Sempre que tenho um tempinho venho para cá. bjs
Juciéli
Oi, Maria!
Fico tão feliz que tu nem imagina! Muito obrigada!
E que legal saber que também aprecia os cantinhos “fora de roteiro” da nossa amada terra. Pode compartilhar por aqui, também, o que tu for descobrindo por tuas andanças. Daí vamos trocando ideias ; )
E seja bem-vinda sempre.
Beijo!