Gente, neste feriado viajei para Foz do Iguaçu, no Paraná, e fiquei apaixonada por tudo que vi. Eu não queria voltar de jeito nenhum. A natureza te tira o fôlego e te mostra que só isso importa, o ser humano vivendo em harmonia com ela e ponto – aliás, teve uma coisa que não gostei: o Parque das Aves. Bicho preso nem pensar! Me recusei a entrar.
Bom, aquele lugar me modificou, e só confirmei coisas que já acreditava e pensava, mas isso é papo filosófico e o que eu quero aqui é falar de decoração, of course! A Usina Binacional de Itapu é inacreditável. A gente fica bobo diante da grandiosidade da maior usina do planeta, que é considerada uma das maravilhas do mundo moderno.
Vejam bem, no meio daquela emoção toda, pensando no aumento da população e do que o ser humano é capaz pra conseguir energia e fazer as coisas acontecerem, eu ainda não pude deixar de olhar pra alguns detalhes da estrutura da usina que me lembraram lares do mundo todo que adotaram uma estética industrial.
A gente vê por toda parte e também já vimos juntos aqui no blog sobre essa estética e como ela está sendo fortemente usada na decoração das casas contemporâneas. Elementos como a textura do concreto, o metal, às vezes até enferrujado, luminárias, todos os detalhes que caracterizam um ambiente de fábrica, são muito bem-vindos hoje em casas que ficam até muito aconchegantes com esse toque urbano.
Pois vocês imaginem eu passeando por aquela magnitude e, de repente, vejo uma luminária que está a venda em quase todas as lojas de decoração, em quase todos os editoriais de revistas especializadas, até mesmo em casas de luxo! Eu ficava rindo sozinha.
Fotografei vários desses detalhes pra mostrar a vocês. A aproximação da casa com a indústria por meio da decoração está tão fortemente estabelecida, que olhando os detalhes eu não sabia mais se a usina tinha se inspirado nos lares, ou o contrário!
Próximo do mirante, há um painel lindo, coloridão, contando um pouco da construção e da operação na usina. Adorei as cores e os traços.
Logo na entrada, uma composição bem interessante. Aquele triângulo azul com a luminária na parede de concreto parece instalação de bienal!
Outra coisa que achei a maior graça é esta porta. Parece que, quem quiser tomar um ar, chega ali.
Por toda a usina, e só pra lembrar, ela é gigantesca, ficava evidente um padrão: toda a tubulação aparente da iluminação (outro artifício usado nas casas hoje) era neste tom de verde claro, como também eram as luminárias. E as grades de segurança nas escadas e nos parapeitos eram amarelas. Achei muito interessante os tons, principalmente o do verde, meio difícil de definir. Seria um pistache, um verde pastel?
E dá-lhe concreto! Eu queria o chão do meu apê assim, concreto e acabamento com verniz. Olha o brilho, gente! A limpeza do lugar era outro ponto alto. Tudo reluzia.
Seguindo aquele padrão e criando um contraste bonito, a escada carrega o amarelão.
As portas também! É pessoal, cimento e amarelo dá samba.
Esta foto foi clicada em um determinado trecho de um corredor. Imaginem que atrás de mim tinha mais corredor assim. É muito extenso, gente. Rende uma boa pedalada 😉
Eu me apaixonei por esse verde, tem um quê de sensibilidade nele. Podiam ter pintado de qualquer outra cor. Achei de um cuidado! E esta luminária é O QUE HÁ no momento.
Emaranhado de canos, mas todos pintados com verde tom sobre tom. Obra de arte!
Itaipu tem um pouco de lar, e os lares tem um pouco de Itaipu. Claro que eu fiz este post com o olhar para tendências de decoração, mas queria recomendar a visita, e muito. Vocês precisam conhecer essa maravilha da engenharia, e também entender como que o ser humano consegue levantar algo como isso. E esse é apenas um modo de encarar este espaço, que gera muito impacto no ambiente e reflexões sobre consumo consciente e habitação. De qualquer forma, é sensacional, é coisa nossa. E do Paraguai, claro, é binacional : )
Fotos e texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha
2 Comentários
Sophia
Adorei o post e fiquei curiosa pra conhecer!
Não imaginava algo tão organizado e com essa preocupação com as cores, contrastes e comunicação.
Ah! Também queria que o meu piso fosse de cimento assim – acho lindo. 🙂
Juciéli
Vale a pena, So! É um passeio e tanto! ; )