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Parque do Salto Ventoso em Farroupilha – A cachoeira

 

Foi lendo o jornal no hall de entrada de um restaurante em Farroupilha que ficamos sabendo da cachoeira do Salto Ventoso. Só que conhecer ao vivo mesmo aconteceu muito depois, no verão deste ano. Estava absurdamente quente. Parecia que estávamos naqueles desenhos do Pica Pau, em que o jacaré tenta fazer uma sopa com ele, e começa a picar cenoura e o Pica Pau acha que é algum tipo de banho especial de spa. E, ainda por cima, estava nublado. Então, se você for conhecer essa beleza no alto verão, prepare-se para o forno pré aquecido a 40 graus e a umidade. Do local e sua. Prepare-se também para a pouca vazão na cachoeira, o que não reduz em nada a beleza dela. É tudo muito lindo. Não há o que supere as belezas naturais seja lá de onde for, não é mesmo?

Mas nem só de cachoeira vive o parque. Há diferentes vistas que se tem a partir dali, como o vale verde à frente da cachoeira, lindo. Há trilhas que levam a vários pontos de visitação, como as ruínas de uma antiga casa, tomadas pela vegetação, que mostrarei em breve, em outro post. Além disso, o parque fica numa região que há muito foi habitada por tribos indígenas. E a gente fica sabendo disso por placas explicativas que muito me surpreenderam pelas informações, o que faz do Parque do Salto Ventoso diferente de outros locais que eu já visitei aqui no sul que serviram de residência para os índios. A escassez de informação parece ser um padrão. Então, fiquei positivamente surpresa. Porque turismo é isso, é também informação. Bom, talvez pra muitas pessoas isso não faça a menor diferença. Mas eu gosto de saber sobre o lugar onde eu estou, ainda mais se ele tem história.

Mas, de novo, a beleza do lugar dispensa qualquer placa, está lá, viva, exuberante, e vale a pena o passeio. Deixo aqui alguns registros da cachoeira e das belezas naturais do parque.

 

 

 

Os índios Caingangue viveram na área antes da chegada dos colonizadores portugueses, claro – hoje estão, além do Rio Grande do Sul, no Paraná e em Santa Catarina. Eles viviam da caça, da pesca e da coleta de frutos silvestres mas também de uma agricultura rudimentar. Eles conseguiam sobreviver no frio do inverno construindo casas subterrâneas. Cavavam no solo o espaço para acomodar as pessoas e cobriam com folhas, troncos e terra. Isso mantinha a temperatura suportável. Como não poderia ser diferente, eles foram abandonando a região conforme os imigrantes europeus avançavam nas terras.

Diz a história que o homem branco tomou conhecimento da cascata em 1868, quando tentaram resgatar integrantes da família Versteg que foram pegos pelos índios e que conseguiram se refugiar na gruta da queda d’água.

 

 

Vista a partir do mirante que fica na mesma estrada, só que antes de chegar ao Parque do Salto Ventoso. Vale a pena conferir, de cima, os 56 metros de queda d’água. A vista é linda, tanto a dela quanto a do vale verde que fica mais à frente.

 

Na maior parte da história do lugar, a cachoeira era visitada pela população sem esta estrutura. Ela é relativamente nova e permite que a gente passe por trás da cachoeira, pela extensão de todos os 200 metros de comprimento da gruta, que possui 25 metros de altura.

 

Este blog tem o compromisso de fornecer fotos de cactos sempre que for possível. Porque eu simplesmente amo ♥.

 

 

 

 

 

 

Com a pouca vazão de água, algumas pessoas se aventuram nas rochas a poucos metros da queda. Eu sempre associo pedra e água a videocassetadas. Passo longe.

 

 

 

A grande área de mata nativa, que já foi cenário para o filme O Quatrilho e a minissérie O Quinto dos Infernos, é muito procurada por fãs de esportes radicais. É possível praticar escalada em rocha, rapel, corrida de montanha e até escalada infantil. Mesmo que você não seja tão radical assim, é um parque excelente para passar o dia.

O Parque do Salto Ventoso fica no interior do município de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, a 12 quilômetros do centro da cidade, e a entrada é paga. Há estacionamento, banheiros, restaurante e também churrasqueiras. Destes, só usufruí do estacionamento, então não tenho como avaliar os serviços.

Para conferir mais informações, visite o site da prefeitura de Farroupilha, clicando aqui.

No próximo post, eu vou mostrar as ruínas da antiga casa que ficava na área do parque, além de outros registros, digamos, fofos.

 

Fotos e texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha

 

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