A begônia que resgatei de uma fenda no concreto da calçada se adaptou muito bem ao novo espaço. Como compartilhado na primeira postagem, plantei 4 partes dela, uma, inclusive, sem raiz, e todas pegaram. Ela está muito bonita, cheia de folhas novas e já bem crescidas. Pouco a pouco o vaso é preenchido.
Só que ela começou a apresentar buracos nas folhas, um forte indício de algum animal se alimentando dela, mas nunca encontrei o causador do mal. Até que minha mãe fez uma inspeção detalhada e conseguiu achar um pequeníssimo caramujo morando no vaso.
Embora ele tenha sido retirado, é preciso ficar sempre de olho porque esses animais tentarão subir no vaso para todo o sempre.
Quanto mais eu arranjo plantas para serem cuidadas, mais me dou conta que tê-las significa compromisso e vigilância eterna. Pense bem antes de encher a sua casa de plantas. Sobretudo plantas como essa espécie de begônia, que muito se parece com as suculentas, saborosas para os caramujos, um banquete – por isso as orquídeas se desenvolvem no alto das árvores, eu também correria para o galho mais longe do chão para me proteger.
É minha segunda begônia atacada por caramujos. A primeira foi a que chamamos de begônia mãe, a que tem mais de 40 anos, membro da família.
E além do caramujo, que não mora mais no vaso, a begônia também enfrenta uma espécie de mofo branco. Pesquisei para entender do que se tratava e encontrei o vídeo da Carol Costa, super explicativo, sobre esse tipo de fungo, o oídio.
Resumo das informações do vídeo:
- Oídio é uma doença fúngica;
- Não adianta retirar as folhas afetadas pois a planta toda está doente, o oídio está na seiva
- Acontece por falta de nutrientes, a planta não está “se alimentando direito”
- Ocorre, geralmente, em tempos secos
- Fazer um chá de cavalinha seca (erva medicinal) bem concentrado, na proporção de 1 (água) para 1 (de chá) – borrifar sobre a planta toda, até no solo
- O chá de cavalinha manda o oídio para o solo, onde ele originalmente deve ficar
- O chá de cavalinha pode ser aplicado sobre qualquer planta, sobretudo nas que iremos comer
- Já o fungicida à base de cobre deve ser aplicado somente em plantas não comestíveis
- Nutrir a planta com adubo que contenha cobre – a Carol Costa sugere o adubo bokashi
- Planta em estágio avançado de oídio, em que a folhagem toda manifesta o fungo, não é possível salvar
Vou começar, então, com o chá de cavalinha, simples e não tóxico.
É frustrante perceber os furos nas folhas, além das bordas mordidas.
O oídio apareceu em apenas algumas folhas, um indício de que ainda é possível salvar a folhagem, pois não está tomada. Notei que se manifestou na parte mais velha da planta. As folhas ainda bonitas são as das brotações novas. O que me faz pensar em separar as partes, colocando a nova em outro vaso.
Aqui um comparativo do dia em que resgatei ela da calçada e 51 dias depois, quase cobrindo todo o vaso.
Conta aqui nos comentários se você já combateu esse fungo e como. Quero saber quais são as tuas dicas ; )
Volto, a qualquer momento, com mais informações.
Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha | Vídeo de Carol Costa para o canal Minhas Plantas.