Nova Petrópolis,  Por aí,  Rio Grande do Sul,  Serra Gaúcha

Uma senhora árvore com corpinho de folhagem

O primeiro post de 2017 tem vários aspectos dignos de um primeiro post de 2017. Tem contraste, porque 2017 é um ano novo em folha, numa era ultramoderna e tão tecnológica, enquanto que o post traz justamente algo muito mais velho que muita coisa neste mundo. O post também fala de algo natural, e eu adoro retratar a natureza, e também sobre espiritualidade, força e energia.

 

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Por mais que eu já estivesse no caminho de estrada de chão que levava a este monumento da história, por mais que todas as placas indicassem o que estava por vir, quando eu fiquei frente a frente com as raízes da araucária de quase mil anos e 45  metros, deu vontade de me curvar. Sério, parecia que aquilo pedia uma reverência. Pura energia. Era uma santidade, era uma autoridade. E eu tenho profundo respeito pelos mais velhos.

E quando digo que fiquei cara a cara com as raízes dela é porque é isso que aparece de primeira, na altura dos teus olhos. Apenas o começo de toda aquela estrutura. E não tem como enxergar o seu fim, porque a luz natural “lá do céu” faz a copa desaparecer no brilho.

Embora não me sinta à vontade no meio do mato, com tantos bichos estranhos, mosquitos borrachudos e lagartos, eu sou uma admiradora da natureza. Essas coisas realmente mexem comigo. Fico pensando em toda a história envolvida e nas vidas que se sucederam em torno dessa senhora árvore, de tudo que ela presenciou e da maravilha que é o fato de as pessoas resolverem preservar algo assim. Isso é um presente.

 

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Legal de ver que, após aproximadamente mil anos, a árvore continua cheia de vida, abrigando e dando proteção aos mais novos, como mini plantas que se desenvolvem na sua base, e que ainda servem de paradouro pra minúsculos insetos.

 

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Eu realmente me emocionei de ver o emprenho das pessoas e o respeito em preservar essa história de vida, a do pinheiro e a das próprias pessoas. Reforça a cultura do passar de geração pra geração. Imagine quantas tiveram a oportunidade de contemplar a árvore e, assim como seus ancestrais, continuaram preservando. E vamos combinar, essa história é como vinho. Só melhora conforme o tempo passa.

E nós vamos continuar preservando. Não somente as plantas idosas, mas também respeitando as mais novas.

 

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A árvore multissecular – ou milenar – fica na região da Linha Imperial do município de Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. Ao contrário do que dizem em sites por aí afora, o acesso não é ruim e o lugar não é abandonado. Se trata de uma árvore preservada em seu hábitat, e não de um arranha-céu comercial. Ou seja, o acesso é por estrada de terra, sim, e você tem de caminhar alguns metros para chegar até a árvore, pois ela fica… em uma floresta.

Em um próximo post, eu vou mostrar as belezas presentes no caminho de terra que leva até essa araucária formidável. 😉

 

Fotos e texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha

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