Este faça você mesmo é tão simples e facilitou tanto a vida em casa que já nem lembro mais como era viver sem esta solução: um rack que eu mesma fiz, gastando muito pouco e ocupando quase nada de espaço. Quem mora em apartamento pequeno, assim como eu, vai concordar que a última coisa que a gente quer é dar destaque e espaço para a parafernália toda que mora em um rack, incluindo a própria TV. Sem mencionar os incontáveis cabos, fios, um emaranhado de objetos esteticamente perturbadores.
A ideia foi liberar o móvel que precisasse ficar neste canto da minha sala, antes ocupado pela mesa onde fazemos as refeições. Por isso, ter a TV apoiada em um móvel não era uma opção. Pendurei ela e tudo mais relacionado aos eletroeletrônicos da sala na parede. Em outras palavras, verticalizei este nicho da minha casa. Resultado: consegui que o móvel de baixo ficasse liberado para receber objetos mais agradáveis esteticamente e mais úteis, como a cesta de palha que usamos para colocar as chaves, as contas a serem pagas e outras bugigangas que precisam estar à mão. Nosso porta-bagunça.
Sempre quis ter flores em casa, então, colocar a turminha do rack na parede também proporcionou que eu tivesse meu vaso com água para receber o mini jardim. E como o rack ficou abertão, bem arejado, optei por um arame de luzes de led para dar o acabamento, o popular fio de fada. Adoro a iluminação e o efeito suave dos pontos luminosos quando desligo as luzes da sala.
Antes de mais nada, preciso dizer que pedi a um profissional que fizesse uma passagem para os fios de internet e luz por dentro da parede, até uma tomada, que fica escondida atrás da TV. Por isso não há fios aparentes.
Material utilizado:
• Quatro ripas de pínus (sarrafo de pínus aplainado dizia na etiqueta) de 120cm x 9cm, e 1cm de espessura. Cortei com serrote na largura exata da TV. Com as sobras, fiz as laterais. Ou seja, a altura do rack foi determinada por esta sobra. Poderia ter ficado mais alto ou mais baixo;
• Usei um L em metal para fixar na parede. Aconselho usar um L maior, que suporte bem o peso do rack e dos aparelhos. Este está segurando meu rack até hoje mas noto que poderia ser mais reforçado;
• Bucha e parafuso adequados para aparafusar na parede;
• Para unir as partes de pínus, parafusos menores e 4 estacas quadradas de madeira, também de pínus.
Como eu fiz:
Prendi as laterais do rack às réguas de pínus maiores, horizontais.
Com o serrote, ou uma serrinha menor, fiz estas cavas na parte de trás do rack para a passagem dos fios.
Estrutura do rack pronta.
Aparafusei o L de metal, que deixa o rack suspenso na parede.
Apliquei verniz selador para realçar os veios da madeira e protegê-la do mofo (se escolhido com um antimofo).
E está pronto. Fiz um teste com a luz da sala apagada e verifiquei que o rack, tão próximo da tela, não influencia em nada na nossa atenção enquanto assistimos a um filme. Mesmo depois das luzes de LED colocadas.
Nesta foto, é possível notar que a televisão está com a parte superior inclinada para frente. Como ela fica a uma altura acima do nível dos olhos quando estamos sentados no sofá, optamos por deixá-la nesta posição para compensar. E funciona muito bem. Para conseguir esta inclinação, é só optar por suportes de parede para TV que ofereçam esta variação de posição. A minha TV ainda poderia ficar rente à parede, se eu quisesse, pois o suporte que escolhi possibilita ambas as posições.
Esta inclinação também ajudou no visual, porque a frente do rack encontra a frente da TV. Se a TV ficasse rente à parede, sem inclinação alguma, o rack avançaria sobre a TV, o que poderia gerar uma sombra sobre ela.
Este fio de fada encontrei quando fui a São Paulo, na Feira Como Assim, da Praça Benedito Calixto. Era exatamente o que eu queria para dar acabamento ao rack, já que ficou aberto. Mais tarde, em uma outra viagem a Sampa, encontrei o arame de led mais barato, próximo à Rua 25 de Março.
Adoro desligar as luzes da sala e ficar apenas com a luz do abajur e dos pontinhos luminosos do fio de fada. Fica lindo.
Surte efeito, inclusive, com a luz geral da sala acesa.
Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.
