A muda do cacto palma-brava ou, cientificamente falando, opuntia littoralis, primeiro foi plantada no chão, no pátio da casa dos meus pais e sempre ficamos na dúvida se ela tinha gostado dali ou não. Nunca notamos qualquer mudança até que, depois de transferida para um vaso, começaram a surgir os brotos e agora, por último, na véspera de Natal, um deles floresceu.
Eu fico emocionada, adoro observar as mudanças no jardim e o desenvolvimento das plantas, as transformações pelas quais elas passam ao longo do tempo. A flor da palma-brava tem uma cor muito intensa e o brilho, juntamente com a textura, faz a flor parecer ser feita de papel.
Foi este arbusto que forneceu a muda e que fica lá para os lados do sítio. Originária do México, essa espécie de cacto não tolera geadas mas, olha só, permanece firme e forte no Rio Grande do Sul.
Aqueles outros brotos que ainda não abriram são os chamados “ovários cônicos”, que se transformam no fruto.
Segundo o livro do Harri Lorenzi, Plantas para Jardim no Brasil, de onde retirei as informações sobre a espécie, o arbusto da palma-brava é cultivado, também, para formação de cercas vivas defensivas. Aqui, por enquanto, ornamenta o jardim.
O livro também confirma que a planta se multiplica por estaquia pois enraíza com facilidade, que foi exatamente o que fizemos ao plantar um de seus segmentos direto na terra.
A flor durou apenas um dia, assim como a flor do mandacaru, e isso sempre me faz lembrar de que temos os dias bons e os ruins, e tudo bem.
E você, já plantou pedaços de um cacto que vingou? E chegou a florescer? Conta aqui nos comentários ; )
Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.