Por aí,  Porto Alegre,  Rio Grande do Sul

O velho cais de Porto Alegre

Enquanto o sonho de um cais revitalizado e valorizado do jeito que Porto Alegre merece não se torna realidade, eu deixo aqui alguns registros que fiz em março de 2017 desse lugar mágico e icônico. Digo isso porque, ao contrário de muitas comunidades que se desenvolvem às margens de rios e que celebram essa proximidade tendo boas relações com ele, aproveitando ao máximo essa troca, Porto Alegre ainda não aprendeu a ser uma cidade “ribeirinha” – sim, todos nós estamos cientes de que o bom e velho Guaíba na verdade é um lago, mas é um senhor lago, com toda a capacidade de nos proporcionar uma qualidade de vida melhor. Então, pra mim, o Cais Mauá carrega essa aura de que poderia ser muito mais do que é. Seus portões guardam muito da história da capital e o que está por vir, se concretizado, pode inspirar uma metrópole inteira, a viver melhor e de forma mais intensa sua cidade.

 

Não é só a altura que a água atingiu na enchente de maio de 1941 que deixou marca na parede de um dos armazéns. Teste de cor com três faixas de tinta indicavam a intenção de revitalização. Eu voto no mais claro, bem à esquerda. Tomara que tenham escolhido esse! Imaginem esse amarelo clarinho virando dourado na hora daquele pôr do sol deslumbrante que só a capital gaúcha consegue pintar. 

 

Esta é a placa que não deixa ninguém esquecer da enchente, que resultou no muro que vemos hoje, que impede a vista para o rio de quem anda pelas avenidas próximas.

 

 

Esta cã encontrou naquele pote com água um alívio. Fazia calor de maçarico nesse dia.

 

 

Parece que o prédio amarelo, de 1947, abrigará um hotel. Tomara que preservem ao máximo a arquitetura e a decoração em estilo art déco.

 

 

 

 

 

Volta a meia, alguns navios ficam ancorados para visitação, que foi o caso neste dia.

 

 

 

 

 

 

 

Armazéns a perder de vista. Já abrigaram até a orquestra maravilhosa da Ospa quando ela não tinha pra onde ir… Lembro das vezes em que fui ver meu pai, quando ele trabalhava no cais, e ouvíamos os instrumentos sendo afinados. Combinava super com a paisagem, o pôr do sol… lindo demais. Aliás, poderia ter a Orquestra do Cais, tocando pra gente enquanto o sol se põe. Puxa, que ideia…

 

 

 

 

 

O Cais Mauá também é morada do clássico barco Cisne Branco, antigo e atuante até hoje, com passeios pelo lago, contornando as várias ilhas, além de palco para festas de fim de ano e outras mais. Super indico!

 

Para ver mais registros do Cais, clique aqui (parte 1) e aqui (parte 2) para conferir os posts sobre o passeio de barco catamarã, que oferece outros pontos de vista da capital e uma tarde agradável na orla da cidade de Guaíba.

 

Fotos e texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha

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