Eu sei que tem que molhar de vez em nunca, que adoram tomar sol, mas os cactos e as suculentas não vingam por muito tempo na minha casa. Trato a pão de ló e nada. Tenho a sensação de que eles todos eram mais felizes onde estavam: no ar condicionado e luz artificial do supermercado, ou sob a poluição sonora opressora da avenida em frente à casa dos meus avós na praia. Então resolvi fazer o caminho inverso. Em vez de tirá-los de seus lugares, resgatei das ruas e trouxe para o aconchego do lar.
E deu super certo.
Estas três folhas de cactos encontrei caídas em uma calçada em Morro Reuter. As coitadas já tinham sido até pisoteadas. Trouxe para casa e dei um vaso de cerâmica para cada uma – feitos por mim especialmente para suculentas. Então, cada cacto já chegou tendo seu próprio espaço. Nos vasos, tinha uma terra antiga de outras suculentas que não vingaram, já bastante seca. Sério, só enterrei as folhas como se espetasse um palito. E assim elas ficaram na prateleira dos meus livros por meses, sem água e sem luz direta. Para a nossa alegria, esta semana percebi que brotaram. Em duas folhas, surgiram novas ramificações do cactos.
Olha ali no detalhe, que coisa mais querida. Este broto é o do cacto P.
Este é o do cacto M.
A expectativa, agora, é que o cacto G brote também.
E você, também adora cactos? Tem em casa? Eles vingam? Conta aí.
Fotos e texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha
