Crônicas,  Vida e Carreira

4 hábitos que pratiquei em 2019 que seguirão para além de 2020

Aqui seguem quatro ações que já estão completamente inseridas na minha vida, que tomaram força em 2019 e que provavelmente continuarão fazendo todo o sentido mais para frente. De cabelo à política, de leitura à camiseta do índio que já anda sozinha.

 

1. Parei com as mechas

Longe de mim julgar, sob a experiência dos meus trinta e quatro anos, uma escolha feita aos vinte. Seria uma injustiça total mas a justificativa para fazer mechas no cabelo era a de iluminar, tirá-lo da mesmice. Tanto é que nunca me considerei loira, uma vez que apenas “dava uma iluminada nos fios”. Meu cabelo era bem mais jovem, bem mais hidratado e eu ainda descoloria apenas uma vez ao ano. Então o resultado era ótimo, similar ao natural. Só que há tempos meu cabelo não recebe muito bem o processo da descoloração e há algum tempo venho me questionando por que insistia em clarear. E se meu cabelo já não se anima mais com uma iluminada, de minha parte não há vontade, nem tempo e nem a intenção de gastar dinheiro para seguir uma rotina de beleza que faça meus fios parecerem saudáveis, apesar de mutilados. Além disso, outro aspecto já assimilado é que o loiro me empalidece ainda mais. O contraste entre meu cabelo escuro e minha pele exageradamente clara (“tu tá bem? parece doente”) fica bem mais harmônico. Então concluí que o jeito que eu sou, ou ainda, que eu saí, é o que é pra ser mesmo, sem inventar modas, sem mascarar a natureza. Então, capilarmente falando, decidi não buscar ser quem não sou e tudo ficou mais leve, mais econômico, mais brilhante, mais sedoso, mais sobrando tempo, mais tudo de bom.

 

2. Li mais no Kindle

Nem acredito que vou dizer isso, pois adoro livro em papel (coisa de designer gráfica), mas ler no Kindle é bom por uma questão: não entulha a minha casa. Li vários livros que dei graças que não os adquiri físicos e que assim não ocuparam espaço nas minhas já escassas prateleiras. Ficam guardados nesta espécie de estante virtual, podendo acessá-los quando eu bem entender. Sem considerar que é mais barato. Ele disponibiliza inclusive amostras grátis dos livros para que, depois de lermos algumas páginas gratuitas, possamos decidir se compramos ou não. Sob esses aspectos, o Kindle é ótimo para lermos aquele livro que não temos certeza se vamos gostar ou se apenas algumas informações dele nos serão úteis. Atualmente estou lendo um sobre minimalismo que estava disponível gratuitamente.

 

3. Descartei mais do que comprei

Não é segredo que sempre acumulei muita coisa, não no nível daqueles acumuladores compulsivos do programa americano, mas em um grau suficiente para incomodar a mim mesma. Já compartilhei os processos que desenvolvi para me livrar de muita coisa e posso garantir que esse caminho que tomei não tem volta. Há tempos venho descartando mais do que adquiro e cada vez mais quero eliminar o que não é importante. Por exemplo, hoje compro muito pouca roupa e calçado, muito pouco mesmo. Quem tem acesso ao meu Instagram pessoal já cansou de me ver com a camiseta do índio (foto), e quem segue o perfil da Casa Baunilha também já se acostumou a ver meu All Star branco sobre vários pisos maravilhosos clicados em todo lugar que vou. A ideia é continuar assim, com poucas e boas peças, usadas até a exaustão e só comprar quando precisar.

 

4. Me posicionei politicamente… entre quatro paredes

2018 e 2019 não foram anos fáceis e tampouco férteis no campo dos diálogos prosaicos e das discussões saudáveis a respeito do que envolve a nossa vida como cidadãos. Generalizando bem generalizado, o brasileiro não sabe o que é diálogo, discussão, ideia, crítica. Até hoje, o brasileiro acha que “pensamento crítico” é pensamento de quem odeia alguma coisa. Que quando alguém faz uma “crítica” é para detonar algo. Então assim fica difícil. Nunca revelei em quem votei em nenhuma das eleições das quais participei – e isso é garantido por lei –, desde que possuo meu título de eleitora, mas sempre fui jogada dentro de uma caixa contendo uma sigla por fazer a minha crítica, isenta de lado. Temos que fazer críticas pura e simplesmente por estarmos inseridos numa organização social, independente de quem esteja pilotando o avião, o qual eu nunca quis que caísse. Eu não trato políticos como celebridades, não beijo o pé de ninguém. Os trato como funcionários, servidores, que devem servir a nós. Inclusive, deveriam ser passíveis de demissão por justa causa. Infelizmente, só me sinto livre para conversar sobre política com meu marido. Triste por demais, mas é o que é possível. A gente pensa diferente em muitos pontos e por isso estamos sempre aprendendo e buscando mais informações a respeito do que ainda não compreendemos para compartilharmos. Em tempo: tenho saudade da arte pela arte, de ir a uma peça de teatro ou a um show de música e simplesmente ouvir e sentir. Hoje politizaram até isso. “Quem é do partido X, mão pra cima!”. E eu que não sou tiete de partido algum, faço o quê? Se não levanto a mão sou capaz de apanhar. Não vou a shows que exigem que me posicione politicamente, pois são segregados para uma parcela da população, então deixou de ser arte, deixou de ser música, separou, discriminou, ficou chato, um saco. E assim a política no nosso país vai tomando conta de tudo e nos desunindo. É isso que eles querem, os nossos funcionários.

E você, tem algum hábito de 2019 que levará para 2020 e além? Conta aqui nos comentários.

Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.

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