Florianópolis,  Por aí,  Santa Catarina

Pôr do sol no Forte de São José | Floripa

 

Este pôr do sol foi uma surpresa, o que soa até engraçado porque ele acontece todos os dias, quando há sol. Mas neste dia (de maio de 2018) já tínhamos ido a Santo Antônio de Lisboa, à praia Daniela e também nas duas Jurerês. Não achei que ainda daria tempo de conhecer a Fortaleza de São José da Ponta Grossa e acabou dando certo, bem no horário do sol se pôr. E que presente! Lugar bom para ver pôr do sol é o que tem de sobra em Florianópolis. Inclusive, Santo Antônio de Lisboa integra a chamada Rota do Pôr do Sol, no noroeste da ilha. Mas se eu pudesse indicar um lugar bem especial para assistir ao espetáculo da natureza, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa é mais do que adequada. Além de ser um lugar diferenciado por oferecer um atrativo histórico, fica em um terreno elevado, o que nos proporciona uma vista incrível da Baía Norte da ilha.

 

A Fortaleza data do ano distante de 1740. Foi projetada pelo engenheiro militar Brigadeiro José da Silva, respeitando as irregularidades da topografia do local. É Patrimônio Histórico Nacional.

 

Apesar de oferecer um enquadramento interessante do céu, é muito incômodo subir este túnel sem saber o que te espera. Devia ser muito bom mesmo para capturar um invasor – pois é, eu entendo muito de defesa territorial, batalhas e fortificações, qualquer dúvida, é só perguntar.

 

Adiante, no horizonte, podemos enxergar a porção continental de Florianópolis

 

Adoro a textura irregular do amontoado de pedras. Tanto nas paredes quanto no chão.

 

Na boa, eu casava nesta capelinha. Sol se pondo, apenas algumas plantas, alguns verdes, aquelas luzinhas penduradas pra lá e pra cá. E fazia a festa ali mesmo, com vista para o mar. Será que é possível casar ali? Alguém teria essa informação?

 

Imagina apenas alguns arranjos verdes nesta capela e pronto, o resto fica por conta do visual das paredes de pedra da construção.

Depois de procurar melhor entre as fotografias que tirei no local, encontrei uma explicação que havia em uma placa: “Em decorrência de sua utilização pela comunidade local – para a realização de missas, batizados e casamentos – foi o primeiro edifício da Fortaleza a ser restaurado, em 1977, e o único, entre todas as fortificações catarinenses, que mantém a sua função original. O formato retangular, a nave única separada da capela-mor por um arco cruzeiro (hoje desaparecido) e a ausência de torre sineira caracterizam as austeras capelas do século XIII, quase todas projetadas por militares”. Ou seja, dá pra casar.

 

Já falei e vou ter que me repetir: a textura das pedras variando os formatos e as cores é demais.

 

Nesta foto podemos ver a grossura das paredes. Coisa de louco.

 

Canhões feitos de ferro fundido que podem ter fabricação inglesa ou portuguesa, dispostos sobre estruturas de madeira chamadas de “reparos”.

 

Oi.

 

Água a perder de vista, verde por todos os lados, pôr do sol logo ali. Aquela coisa de estar no lugar certo e na hora certa.

 

 

O tempo oscilava entre encoberto e ensolarado. Foi lindo.

 

 

 

A placa explicativa diz que as guaritas são os ícones universais de referência para fortificações. Deve ser por isso que quando se pesquisa sobre esta Fortaleza só aparece ela. No caso, esta da foto mesmo. O posto de vigilância tem a base circular feita de pedra talhada projetada para fora da fortificação, mas as paredes são de tijolos, com forma cilíndrica e cobertura abobadada. Instalado nos vértices das fortificações. Dentro, ficavam as sentinelas que prestavam guarda. As pequenas janelas eram chamadas de seteiras.

 

Podem rir, mas eu sempre penso, quando passo por acessos desse tipo, em pedra ou alguma superfície que pode estar lisa, sem apoio, que precisamos visitar os lugares enquanto somos jovens, porque depois, com problemas de joelho e risco de queda é que não vai dar para encarar um caminho íngreme como esse. Fica a dica, “se você é jovem ainda”, como diria Chaves.

 

Gente, esta foi a minha sugestão para curtir um belíssimo pôr do sol na ilha de Florianópolis. Vale muito a pena. Espero que tenham gostado e que também possam aproveitar esse momento.

 

Até o próximo post praiano.

 

Fotos e texto: Juciéli Botton para Casa Baunilha

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *