DECORAÇÃO,  Tours

Quem ama o branco, uma cor lhe parece

Muitas pessoas não consideram o branco uma cor, nas mais variadas situações. Elas olham e pensam mas não vai ter cor?, mas vai ficar vazio assim? Algumas publicações atrás, listei os programas de reforma e decoração que considerava mais interessantes. Pois esta casa de campo, ou casa de fim-de-semana ou, ainda, como os americanos costumam chamar, “cabana”, pertence à Leanne Ford, a designer de interiores do programa que eu mais gosto, o Reforma dos Sonhos com os Irmãos Ford. Ela adora pintar tudo de branco e usar madeira e elementos vintage – tem combinação melhor? Acredite, branco é cor, sim, é presença de pigmento, sim. E se esta casa não te convencer, não sei o que mais poderá.

Para quem imagina que o efeito de uma casa toda pintada de branco seja a frieza, olha só a “aconchegância” – e elegância –, que podemos conferir nas fotos a seguir, que consegui no The New York Times.

 

A madeira escura e o couro do sofá não deixam o ambiente ficar frio. Essa mistura é fundamental para criar esse ambiente acolhedor, intimista e aconchegante. A cor é um off-white da marca Sherwin-Williams, o Shoji White, um branco creme. Veja bem, creme. Isso faz parte da outra metade do segredo para não ficar tudo simplesmente pintado de branco: balancear o branco usando diferentes tons dele, como o da capa da poltrona, do pelego sobre ela, do tapete, das paredes, da luminária, dos quadros, do cimento claro na lareira e da própria lareira. Leanne diz que “o creme faz o branco ficar mais bonito enquanto o branco deixa o creme ficar mais bonito”. As luminárias sobre a mesa são de metal, e ela pintou de… branco. À primeira vista achei que eram de madeira. O descascado engana.

 

O piso tem essa coisa interessante de envolver a pedra com concreto pigmentado de branco, e isso ela faz muito nas reformas do programa: tonalizar o cimento para ficar bem mais claro. Dessa forma ele já serve como acabamento. O lustre é que traz a casa para o presente, para os dias de hoje, pois tem um ar de metrópole, tirando a casa da atmosfera datada. Enquanto a madeira diz “esqueceram de mim aqui”o lustre diz “tem gente morando aqui”.

 

Ela criou um closet atrás da cama que é acessado por duas portas de correr, uma de cada lado da cama, que mais parecem janelas velhas e eu aposto todas as minhas fichas que eram, pois reaproveitar é o que ela adora fazer.

 

Ela aproveita tudo mesmo, porque não se preocupou em trocar a madeira danificada, apenas cobriu tudo com tinta branca. E mais uma luminária que tira a casa da atmosfera de conto de fada.

 

Leanne e o marido.

 

Lá fora.

Tu, assim como eu, também ficou com vontade de pintar tudo de branco? Comenta aí “eu também fiquei, Juci”.

Fotos: Reprodução/The New York Times | Texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.

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