Ficar horas na cozinha preparando um prato que será devorado em cinco minutos. Quem nunca? Uma vez, há muito, experimentei uma receita de “buraco quente” que acabou com esse roteiro. Abria-se um furo em uma das extremidades do pão francês e recheava com alguma preparação quente. Tão prático que virou um dos pratos tradicionais de casa. A foto não mente, me emocionei e acabei cortando a lateral toda do pão, deixando de ser buraco – por isso chamei de sanduíche quente –, mas a essência é a mesma.
A base é o pão francês, então sempre faço uma maionese para umedecer e trazer cremosidade com um leve sabor de alho, corto o queijo que tiver na geladeira em lascas e o recheio pode ser tanto de legumes salteados quanto de carne, ou com ambos. Este eu fiz com iscas de porco aceboladas na cerveja e gorgonzola. É tão prático e gostoso que a lógica se inverte: leva-se poucos minutos para preparar e saboreamos lentamente para que não acabe. É o meu jantar.
1. Para a maionese:
- 2 ovos
- 1 colher (sopa) vinagre
- pitada de sal
- 1 dente de alho pequeno
- óleo na quantidade necessária
- Coloca tudo no liquidificador, menos o óleo, ligue o aparelho e comece a despejar o óleo em fio, até atingir a quantidade que quiser de maionese
2. Tempere o filé de porco cortado em iscas pequenas e finas (na quantidade necessária) com:
- sal
- noz moscada moída na hora
- páprica defumada
3. Coloque um fio de óleo (bem pouco mesmo) na frigideira antiaderente e adicione as iscas temperadas, deixando separadas umas das outras para que dourem bem. Quando estiver praticamente tostando, mexa a carne e afaste umas das outras para finalizar o restante.
4. Adicione:
- uma cebola grande fatiada fina
- um pouco de shoyo
- um pouco de cerveja escura, para criar um caldinho
5. Deixe reduzir e caramelizar.
6. Montagem: com lascas já cortadas de gorgonzola e de queijo colonial, passe a maionese pelo pão, acomode os queijos e adicione o porco. A caloria dele derreterá os queijos.
Para harmonizar, cerveja Brahma Malzbier.
Lembro de mastigar olhando para o meu marido, fazendo afirmativo com a cabeça, e de dizer: “as pessoas pagariam para comer isso”. Ele concordou.
Foto e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.
