A casa alugada

Móvel para o hall de entrada, lustre antigo e livros ilustrados | Achados da loja de usados

Esses tempos parei em uma loja de móveis usados de uma organização cuidadora de pessoas com deficiência. Gostei de um móvel que se equilibrava no topo de uma torre improvável. Um tampo de vidro mal equilibrado sobre uma caixa de som e pilhas de livros. A confusão era a base da torre de babel, e o móvel lá em cima.

Como disse o Bruno, só eu mesmo para enxergar o potencial daquele móvel, uma vez que o entorno estava difícil.

De tamanho perfeito para dar apoio à entrada da casa, onde podemos deixar as chaves e outros objetos, possui 4 gavetas, pouca profundidade e veios na madeira que, no conjunto das faces das gavetas, forma um X que nem mesmo o velho verniz, escuro e avermelhado, conseguiu esconder.

Também fiquei de olho em um lustre antigo, que voltei para pegar em outro dia.

Assim como o móvel, também visualizo o lustre na entrada de casa, soando um agradável tilintar dos pendentes quando o vento passar por eles. Maneira sutil de saber que a porta foi aberta caso estejamos em outro cômodo da casa.

Por enquanto, pendurei o lustre no box do banheiro. O forrinho de madeira da casa alugada, já muito ruim, não aguentaria o peso da peça. Chove sobre o forro porque há alguma situação com as telhas. Então imaginem um teto de madeira, de uma certa idade, mais a água que vai apodrecendo o material.

A cereja do bolo dos achados ficou por conta de uma coleção de livros chamada Conhecer, que trata de várias áreas da vida, desde o mundo natural até as obras criadas pela humanidade. Todas as páginas maravilhosamente ilustradas.

O Rogerinho, com cara de: – Onde é que vai parar essa poeira toda? Depois de limpos, os livros foram tomar um pouco de ar e sol da manhã. Bem pouquinho, porque sol não combina com papel e outros materiais usados na confecção de livros.

Também encontrei, em menor número, uma coleção de livros sobre personagens da História, também com belas ilustrações. Nas fotos acima, o antes e depois da limpeza.

Na foto do móvel no início dessa publicação, sobre ele, um buquê de orquídeas Chuva de Ouro. Encontrei no mesmo dia, na feira. Fiquei chocada com a coragem do corte. Depois refleti que então deveriam ter coragem de cortar todas as outras plantas e flores que considero usual cortar. Ou, seja, a minha preocupação com a orquídea não tinha razão de ser. E também percebi, pela conversa dos vendedores e, também, de maneira empírica, passando pelas propriedades do interior, que essa espécie é como inço nas residências de sítios, chácaras e que as pessoas querem mais – e precisam – fazer dinheiro com elas vendendo em buquês na cidade.

Eu até plantei os galhos, eles até brotaram, mas as mudas não foram adiante. Ainda pretendo ter uma orquídea dessa espécie sobre as árvores no meu futuro jardim.

Até o próximo achado e, também, até a publicação em que mostrarei as belas ilustrações dos livros ; )

Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *