Foi muito especial observar os cogumelos no sítio esse ano. Há uma área com árvores exóticas, pinheiros e alguns eucaliptos, e das entranhas do solo surgem os pontos coloridos fascinantes.
Fascinantes não somente pelo visual, mas também pelo que representam. Cogumelos micorrízicos sinalizam que ali há uma relação harmoniosa de troca de favores entre as plantas e os fungos.
Os pequenos se expandem em uma vasta rede subterrânea de filamentos, extraem nutrientes e água, entregam à planta que, por sua vez, oferece nutrientes elaborados de que os fungos precisam. Encontrar cogumelos ao pé das árvores é saber que tudo está correndo como tem que ser, de forma natural. A floresta está dando o seu jeito para que todos os seus entes fiquem bem.
Nesta foto, eu indiquei onde estavam os cogumelos para o Bruno ver. Reparem o eucalipto caído atrás, com várias brotações verticais, cujos diâmetros já dão conta de avançadas árvores.
A textura que lembra as páginas de um velho livro.
Parece que salpicaram flor de sal sobre ele.
Dentre os vários tipos que vimos, a Amanita Muscaria, o cogumelo do Mario Bros é uma das espécies comumente encontradas nas áreas de incidência do pínus.
Na foto acima, o volume de matéria orgânica valoriza o esforço do cogumelo em vencer todas as camadas até marcar a paisagem com a sua presença.
Este ainda se esforça para chegar lá.
Parece pintado à mão.
Mais um dos tantos Amanita Muscaria.
Adoro andar pelo mato e observar a paisagem. Fazer a leitura correta dela exige estudo e um olhar atento.
Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.
