“Liberou lugar, mas só no balcão” disse a atendente em tom de desapontamento ao nos dar a notícia de que teríamos que esperar mais um tempo se quiséssemos sentar a sós.
“Mas é exatamente o que queremos, sentar pelo balcão”, respondemos ao mesmo tempo. Queremos ver como os pratos são feitos, ouvir a conversa da equipe, bater papo com o barman e receber uma provinha gratuita de um tartar alheio sendo feito. Queremos a fumaça da chapa umedecendo a lente da câmera, os detalhes dos aventais e algum segredinho culinário. Queremos elogiar enquanto cortam rapidamente a ciboulette e ver que se enchem de orgulho com isso.
Sentar no balcão é meu esporte preferido. Seja onde for. No sushi de alto padrão ou no mercadão. Sim, já me arrependi de ver como a comida era feita em determinados lugares mas, em geral, eu gosto, sim, dessa experiência. E ultimamente tenho pensado muito sobre experiências gastronômicas, sobre o que faz o comer fora da minha casa – onde preparo pratos deliciosos – se tornar uma experiência especial. Uma das coisas que me roubam o coração é a oportunidade de estar perto da cozinha e ver a movimentação das pessoas que fazem a mágica acontecer. Ou seja, sentar no balcão – no caso é “ao balcão”, porque ninguém senta sobre ele (chatices gramaticais).
Foi assim no Z Deli. Para a nossa alegria, vagou no balcão. O que é notícia ruim pra muitos, pra nós é festa.
Tsss, tsss (não é erro de digitação, é o barulho da chapa. Alguém tem uma sugestão melhor?)
Um balé.
Sanduba finalizado.
Pastrami Fries: batata frita com casca, pastrami desfiado, queijo fundido, sour cream e cebolinha. Quando comprei as passagens pra São Paulo, a cia aérea perguntou se fritas acompanhavam e eu já pedi essa do Z Deli hehehehe. Há muito sonhava com essa batata, sério.
Fomos com o sanduba de pastrami em mente mas não resistimos aos burgers. Pedi o NYC, muito bom, e o da foto é o Jalapeño, com a opção da pimenta vir à parte e a pessoa ir consumindo conforme aguenta a fortidão. Os pontos da carne vieram como pedimos, bem passados.
O drink que aparece na imagem de capa é o Negroni, feito com gin, vermute tinto, Campari e bitter de laranja. Uma delícia. E não me deixou bêbada, considerando, ainda, que não intercalei com água nem outra bebida não alcoólica.
O décor do espaço é demais, embora não muito diferente de muitos, com luminosos, neon, azulejos estilo metrô e luminárias estilo industrial, exceto pelos cartazes que trazem um toque judaico para o ambiente.
Adorei a ilustração do cartaz do peixe.
Toque judaico e de humor. Humor é tudo.
Adorei a experiência no Z Deli. Fui na unidade da Francisco Leitão, 16, em Pinheiros, São Paulo. Não vejo a hora de me sentar em algum balcão novamente por aí.
Todas as fotos e o texto são de minha autoria, Juciéli Botton, para Casa Baunilha.
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