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Construindo um braseiro para o sítio | Parte 2: capina e limpeza (e uma goiabeira descoberta)

A construção do braseiro continua, ainda bem! Digo isso porque minha vida no sítio é resolvida em apenas dois dias da semana – isso quando não acontece algo que impeça. São cinco dias de espera para poder criar, produzir, construir algo com as próprias mãos em meio à natureza. Ver os projetos do sítio tomarem forma e etapas serem concluídas é um prazer como poucos.

No post anterior, compartilhei os dois primeiros dias de capina e limpeza do espaço do terreno que escolhi para a construção do braseiro. Agora, compartilho o terceiro e quarto dias, dedicados à parte de baixo do espaço, onde há um declive e estão algumas das pedras grandes. Ventava muito. Pensa num vento perturbador. E pensa que eu estava muito a fim de ver as coisas acontecerem. Então, não arredei o pé até ver o espaço limpo.

Quando a gente quer muito uma coisa, fazemos acontecer, não importa as condições, não é mesmo? E como falei, se não fizesse isso neste fim de semana, mesmo sob intensa ventania, teria de esperar mais sete dias para então poder dar continuidade ao projeto, correndo o risco de pegar uma previsão de chuva, o que estenderia ainda mais o prazo de conclusão. Por isso, cada momento deve ser aproveitado para que as coisas evoluam no sítio.

Registrei o processo de limpeza e capina desses dois dias em vídeo:

Podemos ver, à direita, parte do platô de pedra já limpo, efeito dos primeiros dias de capina. Mais para a esquerda, o mato toma conta. Até um grande pedaço de telha aparece em meio às plantas. É nesta área que me concentrei dessa vez.

Em torno das pedras havia muito entulho, cacos de telha, pregos e até pedaços de madeira pintada. A tinta definitivamente não faz bem ao ambiente.

Usei enxada, pá e ancinho para limpar a área.

Ao todo, foram quatro produtivos dias de limpeza. Meu plano, depois de retirar o mato e o entulho, é retomar com o verde em torno das pedras, com espécies tanto floridas quanto folhagens e, também, alguns cactos que estão caídos na propriedade, pois foram derrubados na época em que uma escavadeira passou pelo terreno. Não sei se sobreviverão, mas acho que vale a pena tentar. Amo cactos, são plantas escultóricas e que combinam super bem com pedras.

Sempre faço a ronda no sítio para verificar o que acontece, observar a vegetação, os animais e as movimentações. Afinal, a natureza muda o tempo todo. Vou te dizer uma coisa, sou observadora para um e, por mais que eu tenha olhado para os mesmos cantos várias vezes, sempre percebo algo diferente. Como esta goiabeira, praticamente ainda bebê. Sim! Descobri mais uma goiabeira por lá – já tinha encontrado duas – e, no mesmo instante percebo que ela teve que crescer “quadrada” para contornar um galho que caiu. Não foi difícil retirá-lo, estava podre. Na foto podemos ver direitinho. Sinto uma aflição em ver a forma geométrica e por não ter visto antes para retirar o galho o mais cedo possível. Sinto tristeza por plantas que são forçadas a ficarem de um determinado formato. Mas, como diz o ditado, antes tarde do que mais tarde.

E como é maravilhoso “descobrir” espécies no sítio, ainda mais se tratando de frutíferas. Fico emocionada quando encontro. Quando começou a fazer frio aqui no Sul, percebemos as primeiras bergamotas se desenvolvendo nos galhos, confirmando a presença da espécie. A alegria não coube na gente.

Depois de muito trabalho no sítio, o Rogerinho foi passear na cidade e rever o amigo Jaiminho. Pois é, que coincidência esses nomes. Foi o destino fazendo Jaiminho e Rogerinho se encontrarem.

Uma pausa para descansar depois da extensa agenda de marcação de território.

Bem comportado enquanto minha irmã limpa as orelhas dele.

Quando fomos levar o Rogerinho de volta ao sítio, paramos para colher limões selvagens. Já comentei aqui que fico nervosa com frutos desperdiçados.

Impressionada com a altura dos eucaliptos.

Volto a qualquer momento com atualizações sobre a construção do braseiro do sítio ; )

Fotos, texto e vídeo de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.

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