Apenas uma planta sobrevive no meu apartamento: a jibóia que a minha avó, Ignez, me deu. Samambaias, begônias, suculentas, antúrios, marantas, avencas, entre tantas outras que tentei manter, não conseguiram sobreviver.
Enquanto não havia um espaço adequado para o desenvolvimento das plantas que encontrava pela vida, eu levava as folhagens para a casa dos meus pais. Um baita espaço, ensolarado, áreas de sombra, meia sombra e todos os outros dez tipos de sombra que as plantas precisam. O pátio deles parecia um jardim botânico de tanto verde. Minha mãe já cultivava vários exemplares e eu ainda chegava com mais a cada dia.