• Curitiba,  Paraná,  Por aí

    Roteiro de 4 dias em Curitiba | Dia 2

    Ainda na estrada, paramos no último posto de gasolina antes de chegar a Curitiba. Aproveitei e conversei com uma atendente que disse “Eu sou de lá, vocês vão adorar, a cidade é demais, muito bonita”, e eu “Pena que o tempo não vai ajudar”, ao que ela respondeu “Ah, você quer conhecer Curitiba com sol? Tá querendo demais!”.

    Quando vocês forem a Curitiba, entendam que em um mesmo dia terá sol, nuvens, tempo nublado, chuva fraca, chuva de canivete, calor escaldante e frio cortante. Ou seja, pessoal, relaxem. A dica do motorista do Uber foi: deixem para ir nos parques pela manhã, que é mais garantido, porque depois o tempo fecha e começa a chover. E considerando que Curitiba é virada em parque, bosque e jardim, a dica tá valendo. Na verdade a questão é: Não está chovendo? Então vá. Não espere o tempo firmar com um sol daqueles porque pode não acontecer, ou, se acontecer, é só pelos próximos 5 minutos ou nem isso. Não fique frustrado com o tempo. É assim mesmo. Eu aproveitei até debaixo d’água. E se você não viu o roteiro do primeiro dia em Curitiba, clique aqui.

     

    D I A  2 | S E X T A – F E I R A

    Dia de “não sei o que deu em mim” quando resolvi conhecer, no mesmo dia, três dos grandes nomes da cidade: Jardim Botânico, Museu Oscar Niemeyer e Ópera de Arame. Mas, no fim, deu tudo certo.

     

    1. Manhã no cartão postal Jardim Botânico

    Acho que o Jardim Botânico é, visualmente, o espaço mais representativo de Curitiba, principalmente por causa da estufa, com sua estrutura branca e envidraçada. Lá dentro, escultura de Erbo Stenzel, cascata e muitas espécies de plantas. É lindo. Bem à frente da estufa há uma estátua que me emocionou muito – ela aparece na foto de capa deste post. É realmente muito bonita. Nomeada Amor Materno, foi feita em 1907, em bronze, pelo João Zaco Paraná. Vale a pena contemplar um pouco a figura. As formas suaves e delicadas realmente transmitem a sensação de carinho humano. A referência de jardim botânico que eu tinha era de um lugar lotado de exemplares de todo tipo de planta, uma verdadeira maçaroca verde, uma coisa meio mata, meio selva. Mas o de Curitiba é diferente. Ele tem esse grande espaço organizado como um jardim mesmo, no estilo francês, com os caminhos bem delimitados e as plantas e flores seguindo um padrão de plantio e corte. Ele foi inaugurado em 1991 e homenageia Francisca Rischbieter, engenheira civil pioneira no planejamento urbano da cidade e na valorização da autoestima dos curitibanos.

  • Curitiba,  Paraná,  Por aí

    Roteiro de 4 dias em Curitiba | Dia 1

    Imagina a cena, eu debruçada sobre papeis e mais papeis, com anotações e listas, 23 abas abertas no computador, um pouco escabelada, tentando montar um roteiro para “conhecer” Curitiba em apenas 4 dias. Daí dou play no vídeo de um canal sobre viagens no Youtube, com milhares de seguidores, e a pessoa solta um “Curitiba dá pra ver em 1 dia”. Fiquei tão chateada que deixei de seguir o canal no Instagram. Sem contar que a pessoa achou que a estufa do Jardim Botânico era a Ópera de Arame.

    Eu estava com dificuldade de encaixar, no meu roteiro, os lugares históricos com as ruas icônicas, com os parques, com os pontos turísticos, com o Mercado Municipal, com os museus, com a gastronomia, com as feiras. Inconcebível conhecer Curitiba em 1 dia.

    É óbvio que isso é relativo e vai muito do gosto pessoal. Eu, por exemplo, gosto de saber sobre a história da cidade e de conhecer construções históricas, observar a arquitetura e a decoração. Por isso incluo no meu roteiro lugares que tenham isso. Mas, definitivamente, Curitiba tem muito a oferecer. Nesta série de 4 posts vou compartilhar algumas das atividades que fiz na capital do Paraná em outubro deste ano, em ordem cronológica, um dia por post. Depois, em outras postagens, trarei alguns lugares com um olhar mais aprofundado. Quero mostrar quanta coisa legal tem pra gente vivenciar e que, ainda assim, faltou dia pra eu ver tudo que queria. Mas melhor assim. Quero voltar em breve e então terei muita coisa ainda pra curtir.

     

    D I A  1  |  Q U I N T A – F E I R A

    Dia de Mercado Municipal e de fugir da chuva torrencial se deslocando a pé debaixo das marquises, entre lugares próximos.

     

    1. Almoço com pinhão no Mercado Municipal

    Cheguei em Curitiba já na hora do almoço e eu sempre gosto de começar a conhecer uma cidade pelo Mercado Público/Municipal. Muito se descobre sobre a cidade entre as paredes, os cheiros, os ruídos, a culinária e as pessoas do seu mercadão. Curitiba, na língua indígena, significa araucária, a árvore do pinhão. Ou seja, tem muita araucária e muito pinhão por lá. E prato com pinhão é o que não falta. Então, não poderia ser diferente, provei o pastel de pinhão com carne seca da Pastelaria Curitiba, cuja fama se dá pela quantidade generosa de recheio. Delicioso. O suco de laranja é fresco mesmo e não vem adoçado, o que eu adoro. A Pastelaria Curitiba abre, inclusive, aos domingos.

  • DECORAÇÃO,  Decorar,  Foz do Iguaçu,  Ideias mil,  Paraná,  Por aí

    Tendência industrial direto da Usina de Itaipu

    Gente, neste feriado viajei para Foz do Iguaçu, no Paraná, e fiquei apaixonada por tudo que vi. Eu não queria voltar de jeito nenhum. A natureza te tira o fôlego e te mostra que só isso importa, o ser humano vivendo em harmonia com ela e ponto – aliás, teve uma coisa que não gostei: o Parque das Aves. Bicho preso nem pensar! Me recusei a entrar.

    Bom, aquele lugar me modificou, e só confirmei coisas que já acreditava e pensava, mas isso é papo filosófico e o que eu quero aqui é falar de decoração, of course! A Usina Binacional de Itapu é inacreditável. A gente fica bobo diante da grandiosidade da maior usina do planeta, que é considerada uma das maravilhas do mundo moderno.

    Vejam bem, no meio daquela emoção toda, pensando no aumento da população e do que o ser humano é capaz pra conseguir energia e fazer as coisas acontecerem, eu ainda não pude deixar de olhar pra alguns detalhes da estrutura da usina que me lembraram lares do mundo todo que adotaram uma estética industrial.

    A gente vê por toda parte e também já vimos juntos aqui no blog sobre essa estética e como ela está sendo fortemente usada na decoração das casas contemporâneas. Elementos como a textura do concreto, o metal, às vezes até enferrujado, luminárias, todos os detalhes que caracterizam um ambiente de fábrica, são muito bem-vindos hoje em casas que ficam até muito aconchegantes com esse toque urbano.

    Pois vocês imaginem eu passeando por aquela magnitude e, de repente, vejo uma luminária que está a venda em quase todas as lojas de decoração, em quase todos os editoriais de revistas especializadas, até mesmo em casas de luxo! Eu ficava rindo sozinha.

    Fotografei vários desses detalhes pra mostrar a vocês. A aproximação da casa com a indústria por meio da decoração está tão fortemente estabelecida, que olhando os detalhes eu não sabia mais se a usina tinha se inspirado nos lares, ou o contrário!

     

    usinaitaipu_casabaunilha1

    Próximo do mirante, há um painel lindo, coloridão, contando um pouco da construção e da operação na usina. Adorei as cores e os traços.