Ficamos hospedados fora do centro turístico, para evitar o fervo e conhecer outras regiões de Canela e Gramado, na última vez em que fomos à serra gaúcha, em julho. Foi assim que encontrei um brique de móveis usados e antiquário. Considero isso “o acontecimento” em viagens: descobrir espaços onde posso garimpar itens para a casa.
Havia muita peça interessante, como o estandarte que dizia “Caminhe na chuva…”, pena que era vermelho. Quer dizer, ele não era apenas vermelho, ele era vermelho-decoração-de-Natal e sei que não ia aguentar olhar para a peça todos os dias. Mas gostei da ideia para mandar confeccionar um semelhante, embora o romantismo do encontro com a peça seja o ideal de quem garimpa.
Também havia cabeceiras de cama antigas, em madeira de lei entalhada, maravilhosas, além de outros móveis excelentes, como aparadores de dimensões não cabíveis no meu carro e namoradeiras de linhas retas e finas. Mas encontrei outros itens que adorei e que pude levar. Havia uma coleção de livros de ciência dos anos 1960. E se tem algo que desperta meu lado consumista são livros de ciência dos anos 1960. As ilustrações ficam ainda mais interessantes. Obras de arte. Trouxe para casa exemplares sobre o homem pré-histórico, a era das grandes navegações, astronomia, a conquista do espaço e uma sobre o corpo humano.
Me arrependi de não ter trazido um espelho oval, formato não muito encontrado hoje, pendurado na horizontal, bordas levemente descascadas, um charme.
O brique fica na Rua Martinho Lutero, número 95, em Canela, em uma construção antiga de esquina – tem até a parede do canto da esquina arredondada. O Google não mostra porque o dono acabou de mudar a loja para lá. Ou seja, circule por aí porque o “patrão” não te dá tudo de mão beijada.
Gosto de ir aos supermercados quando viajo. Conferimos produtos, conhecemos pessoas e absorvemos costumes. Sempre que possível, nos hospedamos onde podemos cozinhar. E aproveitamos para levar os itens que são mais baratos que os do nosso supermercado e assim voltamos para casa com o rancho feito.
Cogumelos a granel no supermercado Forrageira, em Canela, aquele ao lado da Praça João Corrêa. Se não me falha a memória, nunca encontrei cogumelos a granel em Porto Alegre, nem nos supermercados, nem nas feiras. Se você souber onde tem por lá, escreve aqui nos comentários.
Depois fiquei pensando: considerando que o ideal é não lavá-los, pois absorvem muita água e, sim, passar um pano limpo ou toalha de papel, a venda em bandejas fechadas parece até a ideal.
Tive que comprar uma touca de lã em caráter de emergência. Não costumo usar a peça mas o frio que fazia era absurdo. Na verdade, o vento piorou tudo. Comprei na loja Artesanato da Serra, ao lado da Catedral de Pedra (atravessando a rua), onde há vários artigos de vestuário como chapéus de feltro, luvas, além de utensílios de cozinha e souvenires. Outra loja que fica ali pertinho é a Mãos do Mundo, com objetos de decoração maravilhosos, artesanato de primeira e utensílios domésticos, além de produtos de beleza alternativos. Tem uma área de bijuterias com várias peças de prata. Nesta loja encontrei varetas de fibra de algodão para colocar nos aromatizadores de ambiente. Essas de fibra de algodão você pode virar a cada 15 dias, enquanto as tradicionais, de madeira, deixam o aroma escapar muito rapidamente.
Ali pertinho também tem o Galpão Mãos do Mundo, onde há mais itens de decoração maravilhosos, além do Containner Bistrot. O hambúrguer dali é maravilhoso, entre outros pratos. A fachada do espaço é feita com um grande mosaico de portas de containers. Aliás, indiquei o Containner Bistrot como um dos lugares para comer bem e levar o pet. Confira outras sugestões de restaurantes pet friendly aqui.
Aliás, falando na Catedral de Pedra de Canela, está difícil caminhar por ali. Somos constantemente abordados por pessoas querendo vender imóveis. Sei que elas tentam ganhar o pão de cada dia, mas a estratégia adotada pelo marketing é o ponto negativo. Muitos dizem que só querem fazer uma pesquisa, você se solidariza e as únicas perguntas feitas são: vocês estão casados há quanto tempo? e qual o modelo do carro de vocês? Percebemos que estão nos enrolando. Querem nos levar a um evento onde temos que permanecer por 30 minutos, com o pressuposto de ganharmos brindes mas eles vão tentar vender imóveis. Nós não fomos mas conheço gente que foi. E quando você diz “não, obrigada, já falei com um colega teu” eles vêm atrás de você, gritando. Isso cria uma imagem negativa do negócio e traz bastante aborrecimento a quem já falou – dezenas de vezes – que não tem interesse. Não sei como os envolvidos no negócio consideram isso uma abordagem válida.
Por favor, me diz que você olha para cima quando anda a pé pelas ruas.
Falando em natureza, fizemos passeios em lugares abertos e tranquilos para aproveitar com o Rogerinho, nosso cão. Fomos ao Parque Laje de Pedra. Clique aqui e confira a postagem sobre parques e praças gratuitos para aproveitar com o pet. Os próprios passeios pelo Baixo Canela descortinaram paisagens naturais lindas. Confira aqui a postagem especial sobre o Baixo Canela.
Um dos lagos do Parque Laje de Pedra. As araucárias roubam a cena.
Já em Gramado, nos apresentamos ao fervo turístico quando queremos comer nos restaurantes que gostamos ou para comprar algo específico. A Cantina Pastaschiutta é parada obrigatória. A lasanha à bolonhesa precisa constar na experiência de estar na serra gaúcha. As massas são todas feitas na casa e a decoração é muito aconchegante, com muitos itens pendurados, como utensílios de cozinha, salames e queijos, além dos desenhos das crianças. A Cantina Pastasciutta, que completou 40 anos, fica na Avenida Borges de Medeiros, número 2083, no centro de Gramado.
Saindo da Cantina, atravessamos a rua até a Praça das Etnias. Na Casa do Colono compramos a geleia de maçã com canela, da Casa Piovene Agroindústria, e as trufinhas brancas do Sabor da Colônia de Gramado, feitas com chocolate branco, doce de leite, amendoim e biscoito tipo Maria. É densa e doce na medida, não é enjoativa.
Depois passamos ao lado, na área dos fornos à lenha, de onde saem quentinhos os pães com linguiça e as cucas. Levamos alguns itens pensando no café da tarde e no da manhã do dia seguinte.
Descemos a Borges e passamos na Santho Aroma atrás do aromatizador Jardim de Inverno, que tem um fundo de tangerina delicioso. O Capim Santo também é muito bom. A loja fica na Avenida Borges de Medeiros, número 2433, no centro de Gramado.
Depois passamos na Mukli para pegar as bolachas com sabor de laranja com cobertura de chocolate ao leite. Isso, meus amigos, acompanhando um chá é tudo de bom. A loja fica na Avenida das Hortênsias, número 1885, no centro de Gramado.
Já é tradição observar as estampas do céu na volta para casa.
Confira, também, as postagens anteriores sobre esta última viagem para a serra gaúcha: sugestões de restaurantes pet friendly, as atrações do Baixo Canela e parques gratuitos para passear com o cão.
Fotos e texto de minha autoria, Juciéli Botton, para a Casa Baunilha.