Casa Baunilha
A revista Minha Casa selecionou alguns antes e depois, bem bacanas, de móveis que foram restaurados e tiveram sua vida útil ampliada, além de abandonarem aquela aparência que vai deixando a casa desatualizada.
Muitos móveis foram adquiridos com alguns anos de uso, outros achados na rua, mas todos, com uma segunda chance, viraram móveis novinhos e exclusivos.
Nesta penteadeira, o óleo de peroba devolveu o brilho e a banqueta foi estofada com tecido estampado contrastante com a época do móvel.
Uma loucura esta história, coisa de filme. Em 2010 um apartamento em Paris foi aberto depois de sete décadas fechadinho. A dona fugiu antes da Segunda Guerra Mundial e nunca mais voltou. Setenta anos depois, ela morreu aos 91 anos de idade e os herdeiros solicitaram um inventário de seus bens.
O apartamento estava recheado não somente de pó e teia de aranha, claro, mas de peças maravilhosas, como penteadeira em madeira trabalhadíssima e pilhas de cartas apaixonadas. Também uma pintura de uma mulher em tons de rosa. Mais tarde descobriram que as cartas eram do pintor italiano Giovanni Boldini, que o quadro de 1898 era de sua autoria, e que a mulher retratada era a avó da dona fugida, a atriz Marthe de Florian. Ele era um homem casado que tinha a avó da proprietária como amante.
O aluguel do apartamento sempre foi pago em dia, e eu pergunto: quem deixaria isso tudo para trás durante anos? Como assim? A penteadeira é uma loucura. Coberta de produtos de beleza e escovinhas. Impossível compreender.
Quando leio a expressão “apartamento em NY” me vem uma atmosfera toda diferenciada em mente, e sendo uma pessoa ligada à decoração, a minha imaginação começa a ferver. Pois o apê da escritora e produtora de conteúdo, Amy Azzarito, é, além de um charme, possível. Inclusive, ela mantém muitas das suas criações de “faça você mesmo”, como a luminária do quarto. Se trata de mais um espaço que nos incentiva a decorarmos a nossa casa do nosso jeito, com peças diferenciadas que fujam do lugar-comum das grandes lojas.
Muitos são os detalhes interessantes neste espaço. O papel de parede em tons verdes; a persiana de bamboo e a cortina em voil sobre ela, que dá leveza; a base em metal rosa do sofá; a almofada em crochê; as mesinhas de centro feitas com toras de madeira e vidro; o espaço para o home office atrás do sofá; plantas e os tons naturais como areia e verde sobre a base branca das paredes e do teto.
Hoje o Conjunto da Obra é todinho deste móvel vintage muito fofo. Acomoda livros e também vidros com flores naturais.
Sempre achei que nossa casa precisa ser um espaço que nos mantenha vivos no sentido do entusiasmo da palavra, que nos estimule, que nos mantenha criativos, positivos e que conte uma história. A nossa, de preferência.
O Por Dentro de hoje traz uma moradia rica nesses detalhes e em muitos outros. Fotos de Design Sponge.
Quase nem se percebe as cadeiras transparentes. É justamente esse o objetivo, que elas ajudem a ampliar o ambiente, não bloqueando a visão.
Graças ao belíssimo trabalho da fotógrafa Idha Linghag, nós vamos mergulhar agora em um mundo inspirador, mesmo, eu garanto! Repleto de luz, cor, texturas, arranjos. Espaços propositalmente criados para despertar nossa criatividade.
Vamos ao que interessa, olhaaaaar.
Jarras funcionam tão, mas tão bem como vaso para flores. Detalhe da arara de roupas. Eu sei que não se trata, provavelmente de um quarto, que aquele não é o guarda-roupa real de alguém, mas eu ia adorar ter um desses no lugar do meu que está sempre abarrotado e que eu abro e sempre pego as mesmas roupas. Vendo isso me deu uma vontade louca de ter aquela quantidade ali de peças e num cabideiro assim, bem arejado. Quem sabe, um dia, eu evoluo nesse sentido.
Preto, branco e ouro. O artista organizou o ateliê de tal forma que mais parece um canto na sala onde ele guarda suas coleções de pincéis, fotos e tintas.
Que claridade! A varanda perfeita… Os móveis são bem simples na sua forma, além das cores neutras. O que se destaca é o tapete e o vaso de flores. E a luminária, lindona.
Quanta coisa bacana para explorar nesta cozinha. Mais parece uma sala, de tão aconchegante. Piso de cimento queimado, que estou muito inclinada a colocar na minha futura casa. A janela enorme, proporcionando uma boa entrada de luz. Um espelho. Cores suaves tanto nas cadeiras (reparem que as estofadas têm a mesma tonalidade das de plástico) quanto nas paredes. Bacana aquele móbile com peças coloridas. Dá para se aventurar e tentar fazer um em casa. Inclusive, ele fica pendurado sob a abertura que tem no teto, outra fonte importante de luz.
O aconchego lembra uma casa de campo, ou até mesmo de praia, com tempo nublado, aquele ventinho frio… Fotos de The Design Files.
Uma graça os vitrais da janela e da porta. Acrescentam um colorido para a sala, que tem predomínio do cinza nos sofás e tapete sóbrio também.
Herdou a máquina de costura da avó, aquela com base de ferro? Ela pode virar uma mesinha bem charmosa. No caso da foto, recebeu tampo de madeira. Mas ainda poderia ser de uma placa de vidro, de espessura própria para mesas, claro, ou até mesmo uma composição com azulejos.
