• Farroupilha,  Por aí,  Rio Grande do Sul,  Serra Gaúcha

    Parque do Salto Ventoso em Farroupilha – A cachoeira

     

    Foi lendo o jornal no hall de entrada de um restaurante em Farroupilha que ficamos sabendo da cachoeira do Salto Ventoso. Só que conhecer ao vivo mesmo aconteceu muito depois, no verão deste ano. Estava absurdamente quente. Parecia que estávamos naqueles desenhos do Pica Pau, em que o jacaré tenta fazer uma sopa com ele, e começa a picar cenoura e o Pica Pau acha que é algum tipo de banho especial de spa. E, ainda por cima, estava nublado. Então, se você for conhecer essa beleza no alto verão, prepare-se para o forno pré aquecido a 40 graus e a umidade. Do local e sua. Prepare-se também para a pouca vazão na cachoeira, o que não reduz em nada a beleza dela. É tudo muito lindo. Não há o que supere as belezas naturais seja lá de onde for, não é mesmo?

    Mas nem só de cachoeira vive o parque. Há diferentes vistas que se tem a partir dali, como o vale verde à frente da cachoeira, lindo. Há trilhas que levam a vários pontos de visitação, como as ruínas de uma antiga casa, tomadas pela vegetação, que mostrarei em breve, em outro post. Além disso, o parque fica numa região que há muito foi habitada por tribos indígenas. E a gente fica sabendo disso por placas explicativas que muito me surpreenderam pelas informações, o que faz do Parque do Salto Ventoso diferente de outros locais que eu já visitei aqui no sul que serviram de residência para os índios. A escassez de informação parece ser um padrão. Então, fiquei positivamente surpresa. Porque turismo é isso, é também

  • Por aí,  Rio de Janeiro

    Nozes de cima a baixo na Confeitaria Colombo do Forte de Copacabana

    Eis o post que eu falei que existiria um dia. Lembram que eu disse que indicaria um doce para saborear na Confeitaria Colombo do Forte de Copacabana?

    Então, era pouco antes da hora do almoço e nós ainda visitando o forte. Passando pela Confeitaria Colombo que fica ali mesmo, pensei: como ir embora sem comer um docinho?

     

     

    Escolhi esta muralha de nozes, na verdade, Tartelette de Nozes. Digo muralha porque era tanta noz que eu fiquei alimentada até o dia seguinte. Fui almoçar depois sem a menor fome. Na foto do doce cortado vocês vão entender. Pra quem é fã de noz, é um prato cheio, bem cheio mesmo. Pedimos também a cheesecake com goiabada. Boa, mas nada extraordinária. A estrela desse post é a Tartelette de Nozes.

    Mas Juci, porque tanto auê por causa de um doce? Meus amigos, se tem uma coisa certa nesta vida é que os doces sempre nos logram. Sempre vem mais massa que recheio, sempre vem mais creminho de maiseninha que os pedaços das coisas que dão nome ao doce, sempre vem mais gelatina

  • Por aí,  Porto Alegre,  Rio Grande do Sul

    Meu Iberê

    A intenção aqui não é apresentar ou falar sobre o artista Iberê Camargo. Acho que ele dispensa isso. O que eu quero mostrar, como sempre faço aqui, é o meu olhar sobre o espaço que leva o nome do artista. Eu adoro aquele lugar, e acho que talvez eu consiga fazer vocês entenderem por que causa, motivo razão e circunstância eu adoro aquele lugar. Eu vejo arte pra qualquer canto que eu olho. Vocês vão ver que, literalmente, é qualquer canto. O canto da parede. O canto das vigas. O canto da janela. O canto das rampas. Retas, curvas, vincos, rasgos, luzes, tons, penumbras. Formas, formas e mais formas.

    Amo.

     

     

     

    Talvez, antes de continuarmos, caiba dizer que a Fundação Iberê Camargo foi desenhada pelo arquiteto português Siza Vieira, que arrebatou dois prêmios com ela. Está de portas abertas desde maio de 2008 e tem vista para o acontecimento natural que é patrimônio mundial: o pôr-do-sol no Guaíba. 

  • Por aí,  Rio de Janeiro

    Art Nouveau e belas paisagens ou sobre como vivia o povo do Forte de Copacabana

    Nunca que eu ia imaginar que conhecer o Forte de Copacabana significaria a retomada dos meus conhecimentos de design em relação a detalhes tão delicados de decoração. E, na verdade, não achei que o conheceria na minha primeira viagem ao Rio pois ele não estava na minha lista. Deixamos o último dia para caminharmos pelas ruas e praias e fazer o que quiséssemos na hora. Era quarta-feira, estava tão tranquilo próximo ao forte que resolvemos conhecer. Adoro esses programas espontâneos que, no final, se mostram um verdadeiro acerto.

     

     

     

    Vem comigo nesse passeio cheio de antiguidades, resquícios de movimentos artísticos mundiais e referências de decoração. 

  • Por aí,  Porto Alegre

    O décor histórico da Biblioteca Pública de Porto Alegre

     

    Era novembro de 2013. Como uma apaixonada por decoração – e por artes gráficas e coisas impressas – compro a revista Casa Vogue e não acredito no que vejo. A Biblioteca Pública de Porto Alegre estampada na capa e em fartas páginas internas. Eu ainda não conhecia e tive de esperar longos 8 anos de reforma pra isso, ou seja, morria de curiosidade pra saber como era esse prédio emblemático. Então, nesse meio tempo, tive de me contentar com o ensaio editorial de produtos de mobiliário com a biblioteca como cenário. Só que a revista tinha aplicado um filtro verde nas fotos, escurecendo os espaços, e isso só me deixou mais curiosa. Quando ela finalmente reabriu… imaginem eu entrando com um olhar de oh my god! E eu tentava disfarçar, afinal, tinha gente trabalhando lá todos os dias, acostumada a toda aquela beleza. Iam achar que eu tinha vindo de alguma realidade paralela. Não, eu não tinha nem uma câmera em mãos pra fingir que era turista.

    A tinta descascada na parede revelando desenhos espetaculares por debaixo é de assustar. Mesmo quem não sabe da história percebe que aquela tinta não representa boa coisa. Quis entender mais sobre o prédio, a tinta, os desenhos e tudo o mais que pudesse absorver. O que eu fiz? Fiz o que se faz em uma biblioteca. Peguei dois livros sobre a história do prédio, sentei junto

  • Por aí,  Rio de Janeiro

    Feira do Rio Antigo ou Feira do Lavradio – Um desejo realizado

    Eu pesquisei muito sobre o Rio de Janeiro antes de conhecê-lo. Principalmente em se tratando de decoração, usados, antiquários, feiras ao ar livre, onde eu pudesse encontrar souvenirs interessantes e também… gente, muvuca. A Feira do Lavradio, também carinhosamente chamada de Feira do Rio Antigo, se tornou uma experiência pra se viver na minha lista de coisas do que fazer no Rio. E parecia que era pra ser mesmo, porque a feira acontece no primeiro sábado do mês, e eis que eu estava lá no primeiro sábado de maio.

     

     

    Superou tudo que eu tinha imaginado. A feira é tudo o que uma feira tem que ser, e é ainda melhor. Movimentada mas não a ponto de você não conseguir se locomover. Produtos maravilhosos, tanto da parte de artesanato – produtos novos – quanto dos itens de brechó e antiquário. Aliás, a Rua do Lavradio é uma rua de antiquários. Eles se misturam às barracas da feira. Estas, uma charme só, todas iguais, com um toldo em padrão estampado de listras vermelhas e brancas. Adorei. Mas continuando sobre o que a feira tem de bom, eu ainda destacaria as pessoas. Gente interessante e alegre. Deve ser por causa da música que fica tocando. A feira tem trilha, então todo mundo fica envolvido no clima de corpo e espírito. Samba, música brasileira. Imagina começar o sábado assim.

    Deixo aqui alguns dos meus registros sobre esse item que eu tive o enorme prazer em riscar da minha lista.

  • Morro Reuter,  Por aí,  Rio Grande do Sul,  Serra Gaúcha

    Alles Antiquário em Morro Reuter | RS

     

    Uma das coisas que eu adoro na serra gaúcha são os antiquários de beira de estrada. Não tem emoção que se iguale a de estar passando e, de repente, ver surgir um antiquário – pelo menos pra quem adora velharia e decoração como eu.

    Só que mais interessante do que os móveis e os objetos em si é a composição deles no espaço, em como eles estão arranjados em conjunto. O que é um prato cheio pra quem adora fotografar.

    O último antiquário que encontrei foi o Alles, que fica em Morro Reuter. E pelo que vi

  • Por aí,  Porto Alegre,  Rio Grande do Sul

    Pôr do sol no Mario Quintana: uma poesia visual

    Há muitos pontos interessantes em Porto Alegre de onde podemos contemplar o pôr do sol no Guaíba. Mas visto do sétimo andar do antigo Hotel Majestic, no centro histórico, tem um baita de um charme. Pra quem ama fotografar, então, é luz bonita que não acaba mais – quer dizer, na verdade, ela justamente tem hora pra acabar. A Casa de Cultura Mario Quintana se transforma na modelo perfeita, com suas imperfeições e marcas do tempo, além da inconfundível tonalidade rosada, só que com um tom mais quente graças ao brilho dourado do sol poente.

    Estes são os meus registros dessa hora formidável de todo dia, mas que nunca é igual.

     

     

    Tem vista para o Rio Guaíba e é possível ver o sol se pondo além da outra margem. Ou seja, um legítimo pôr do sol no Guaíba. Adoro os reflexos dourados nos prédios e os pontos de luz

  • Por aí,  Rio de Janeiro

    Onde comer no Rio: comida honesta, preço justo, pra turista

    Longe de mim dizer quais são os melhores restaurantes e bares e novidades no setor gastronômico do Rio de Janeiro. É que a minha situação era bem específica e pode também ser a sua, caso você esteja no Rio ou planeja ir. E, como eu consegui fazer boas escolhas, pensei, por que não compartilhar e ajudar outros turistas?

    A situação era esta: Era maio deste ano e minha primeira vez no Rio de Janeiro. Eu tinha uma lista sem fim de coisas que eu queria conhecer. Ou seja, tempo e dinheiro eram preciosos – na real, para o turista, isso é sempre precioso. Então, perder tempo esperando um prato caro ficar pronto no restaurante não era uma opção. O objetivo era aproveitar ao máximo a cidade de uma forma econômica – pra que eu não tivesse que abrir mão de nenhuma experiência da minha lista – me alimentando bem pra aguentar o pique e de forma prática, ou seja, em lugares onde a comida já estivesse pronta, como em um buffet.

    Ou seja, meus amigos, seguem aqui lugares em que eu fui feliz na escolha, com comida honesta, feita na hora, o clássico arroz e feijão e com preço justo, pra almoçar tanto na Lapa quanto na Urca. E ainda tem uma dica de café da manhã leve e também de um sanduíche maravilhoso pra jantar, ambos em Copacabana.

    Vem comigo.

     

     

    URCA GRILL (pelo Google, porque na comanda da foto ainda estava Estrela Grill)

    • Bar e restaurante com buffet.
    • Sirva tudo o que puder, uma vez, a R$ 19,00.
    • Rua Mal. Cantuária, 10, Urca.

    Após uma manhã na Praia Vermelha e no Pão de Açúcar, perguntamos a um militar que passava onde poderíamos almoçar por ali e que não fosse tão absurdamente caro. Ele indicou o caminho das pedras com várias opções e acabamos por escolher

  • Por aí,  Rio Grande do Sul,  Santa Maria do Herval,  Serra Gaúcha

    Sábado perfeito em Santa Maria do Herval | RS

     

    Santa Maria do Herval é um município do estado do Rio Grande do Sul que fica a apenas 24km de Gramado e a 75km da capital, Porto Alegre. É o tipo de cidade que eu adoro visitar no final de semana quando estou a fim de passear sem me alongar muito na estrada e sem ficar sob o estresse de muito agito. Contato com a natureza é o que Santa Maria do Herval tem a nos oferecer. Além de muita relação com sua história e suas origens.

    A apenas alguns metros ou a poucos quilômetros do centro da cidade temos 4 cachoeiras esperando por nós, sendo que uma delas, a Cascata do Herval, tem 125 metros de queda. Ou seja, é beleza natural pra tudo que é lado. Fiquei muito empolgada em conhecer esta bem alta. Quando comentei com o garçom, ele me desaconselhou, porque não há um caminho bem definido e orientado até ela. Precisaríamos de um guia para chegarmos até lá. Então, por orientação dele, fomos conhecer a cachoeira da Caverna dos Bugres, que fica a apenas 500 metros do restaurante da Igreja.

    Esta cachoeira e outras atrações que eu vivenciei na cidade estão em destaque no mapa ilustrado que fiz especialmente pra mostrar como o seu dia pode ser agradável por lá. Então, vamos a elas:

     

    Cachoeira Caverna dos Bugres

    Ela fica distante apenas 500 metros da Paróquia Santa Maria do Herval. Fomos caminhando até lá. Uma caminhada ótima, pós almoço, aquela própria