• Por aí,  Porto Alegre,  Rio Grande do Sul

    A Estação Espacial vista no céu do Rio Grande do Sul

    Vocês estão acompanhando a Estação Espacial (International Space Station) nos céus do Brasil? No Rio Grande do Sul, especificamente, tem sido fácil localizar e visualizar a estação a olho nu devido ao céu limpo, praticamente sem nuvens e estrelas. Eu sempre vejo a Estação durante o pôr do sol, nos fins de semana, quando estou voltando de algum passeio ou ficando na casa dos meus pais. Nunca consegui enxergar durante o amanhecer e estando em Porto Alegre, em função dos prédios.

    Na medida em que vai escurecendo, não sei se notaram, mas na região metropolitana de Porto Alegre, vemos o céu limpo, praticamente sem estrelas, então é aí que “surge” aquele ponto luminoso maior e mais brilhante que qualquer estrela já vista por simples transeuntes – com excessão do sol, claro. O brilho que vemos nada mais é do que a luz do sol refletindo na estação, e por isso é mais fácil de enxergar no nascer ou entardecer, devido ao contraste com o céu escuro.

  • Por aí,  Porto Alegre,  Rio Grande do Sul

    Boulevard Laçador e o Varig Experience

    A estátua do Laçador não está lá mas o lugar é chamado assim devido à proximidade para com ela. O Boulevard Laçador é um shopping com espaços de convivência ao ar livre que faz divisa, de cerca, com o Aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre. Essa é a legalzice do lugar, assistir às decolagens e aterrissagens, ouvir o trovoar das máquinas, sentir o cheiro de querosene queimada no ar.

    Como estrutura, há um gramado com campinho de futebol, um parquinho para as crianças, restaurantes e lanchonetes, estacionamento, cadeiras de praia, água quente para o chimarrão. E tão legal quanto a movimentação dos aviões é a área de exposições sobre a aviação, o Varig Experience, tendo a saudosa marca como personagem principal.

  • Por aí,  Porto Alegre

    Il Pomodorino: a única borda de pizza que eu consigo comer

    A pizza da Il Pomodorino é das que mais gosto em Porto Alegre. A massa é feita no processo de fermentação lenta. Trinta e seis horas fermentando. Fica fininha, crocante… e a borda também é uma coisa de louco. Aquele “resto” de pizza onde a cobertura não chega é tão bom quanto os 97% cobertos com muito queijo e ingredientes excelentes. Não tem aquele gosto de farinha nem é massuda. Parece um salgado feito à parte em padaria muito da sabida.

  • Por aí,  Porto Alegre,  Rio Grande do Sul

    Voltei de viagem a Porto Alegre e não tem nada na geladeira. Onde comer?

    Em Porto Alegre, são poucos os restaurantes abertos depois das duas horas da tarde. E ainda servindo arroz e feijão, que é o que a gente quer depois de alguns dias viajando e comendo todo tipo de coisa fora do cardápio do dia a dia. É que no nosso cardápio do dia a dia só tem comida feita em casa. Cozinhamos bastante. Praticamente todas as refeições. E sempre que possível, compramos alimentos de pessoas que têm sítio ou de outros produtores orgânicos. Entra praticamente nada de comida industrializada em casa. Fritura a gente também nunca faz. Então, quando saímos de férias, não dói na consciência, nem nas células e nem no bolso aquela saída da rotina do saudável e do feito em casa.

    Só que quando retornamos para casa, já não podemos mais pensar em hambúrguer, frituras, pizza e companhia. O desejo se traduz em um prato de arroz e feijão, apenas. Na verdade era o desejo do meu excelentíssimo. Ele adora arroz e feijão e já passava mal de tanto ficar sem.

    Na nossa última viagem, chegamos em Porto Alegre pra lá das duas horas da tarde de uma terça-feira e a geladeira, claro, estava vazia. Ir ao supermercado e preparar uma refeição horas depois, ainda mais feijão, não era uma opção.

  • Guarda-roupa,  Por aí,  Porto Alegre,  Rio Grande do Sul,  Vida e Carreira

    Comprinhas pelos brechós da João Pessoa em Porto Alegre

    Brechó, pra mim, é aquele que vende roupa BARATA. E em Porto Alegre é na Avenida João Pessoa que se concentram muitos deles. Eu noto que são meio desacreditados por uma parcela da população e por isso quero trazer, nesta postagem, as peças que eu garimpei nesses brechós bons e baratos. Além da oferta incrível de boas peças e preços daqueles com que a gente sonha, a maioria ainda aceita negociar preços (com exceção de um).

    E como se não bastasse, ainda nos deixam bastante à vontade para olhar e provar as peças. Nada mais chato e frustrante do que entrarmos em uma loja que se auto-intitula brechó, descobrir que os preços são salgados e ainda por cima o vendedor fica em cima da gente, abrindo a cortina do provador, muito invasivo, querendo entrar junto e saber como a roupa ficou, insistindo para levarmos algo a todo custo. Repito: sempre fico bastante à vontade nos brechós da João Pessoa, e em alguns ainda me divirto muito com o humor dos vendedores.

     

    • BRECHÓ LE REJI | Av. João Pessoa, 1244

    As gurias são muito queridas e me deixaram muito à vontade. Ninguém abriu a cortina do provador, ninguém quis ver como ficou, nada.

    B L U S A  D E  V E L U D O | R$ 20 | Eu não resisto a uma peça de veludo e ainda adorei a estampa. Não sou uma pessoa de roupas rosas, mas este rosa antigo específico achei que ficou muito incrível como fundo para as plantas. Gosto de usar por dentro da minha calça jeans velha de cintura alta, fazendo um visual high-low. Desapego: uma vez que esta blusa entrou no meu guarda-roupa, outra saiu para ser doada. No meu armário é assim: só entra peça nova se uma outra sair.

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    Onde comer em Porto Alegre | Guia Rápido

     

    Onde comer em Porto Alegre? Onde você quiser, claro. Mas é sempre bom uma indicação de quem já está se alimentando na cidade há algum tempo, não é mesmo? É bem difícil elaborar uma lista como esta. Não somente pela questão do gosto pessoal mas, também e, sobretudo, porque há lugares que são icônicos, que o povo aclama mas que podem ter abandonado o apreço pela qualidade, seja da comida ou do serviço. Ainda bem que temos os velhos de guerra, lugares em que não importa se falta luz no bairro, se a crise aperta, se os caminhoneiros entram em greve: o serviço e a comida parecem inabaláveis. Também há os novos, abertos há pouco, que arregaçam as mangas e batalham para continuarem respirando. Ambos merecem toda a nossa admiração.

    Aqui segue uma lista curta, que chamei de guia rápido porque são muitos os lugares onde se come bem em Porto Alegre. Considerei os que eu gosto e que frequentei nos últimos tempos, garantindo uma avaliação recente. Lugares que, apesar da fama, apesar dos pesares, se esmeram sobre as chapas, os fogões e as facas na capital gaúcha.

     

    À la minuta

    • Dá Domingos. Mesmos proprietários do Tudo Pelo Social, só que menos filas por ser menos conhecido. Na Rua Domingos Crescêncio.
    • Cozinha da Bento. Perto do Hospital Hernesto Dorneles – já fica a dica para quem tem que fazer hora nos arredores, eu sei como é. Pedi a de frango. E a salada que acompanha é de tomate e cenoura cozida, picados e fresquinhos – nada daquelas folhas de alface encostando na mesa e rodelas de tomate opacas que ninguém come.
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    A trilha sonora de Porto Alegre: Ramilonga de Vitor Ramil

    Contagiada pelo aniversário de 247 anos da capital gaúcha, fiquei lembrando de suas músicas. Há muitas canções que cantam Porto Alegre. Quando pensamos no assunto, as que geralmente vem à cabeça dos gaúchos é Deu pra ti, de Kleiton e Kledir, ou a Porto Alegre é demais, eternizada na voz de Isabela Fogaça. A Horizontes, criada por Flávio Bicca Rocha para a peça Bailei na Curva também acabou caindo no coro dos porto-alegrenses. Não nos esqueçamos da história contada em Amigo Punk, da banda Graforréia Xilarmônica, e do grande Teixeirinha com a música Porto Alegre. E tantas outras.

    Mas a que me provoca uma saudade embrulhada em lágrimas, aquela que combina perfeitamente com o frio que é só nosso, com o vento que corre sobre o Guaíba, com as ruas vazias do Centro Histórico, aquela que dói é: Ramilonga, de Vitor Ramil. É das coisas mais lindas. Apenas violão e voz. Precisa mais? Aperta o play enquanto eu me encarrego do visual, com algumas fotografias que fiz ao longo dessa vida porto-alegrense.

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    Porto Alegre: 247 anos

    A capital dos gaúchos, a minha cidade do coração, completa 247 anos hoje. Aproveitei os festejos e fui ali no menu do blog, na categoria Por Aí, e cliquei em Porto Alegre, of course, para recordar o que eu já tinha escrito sobre ela. Rolar a barra para baixo foi como ver passar aquele filme da vida. Muitas homenagens, recordações, indicações de endereços legais, reverências a espaços simbólicos da capital e, também, algumas críticas a quem não trata muito bem a menina moça dos pampas. Porque se tem algo que acho que nós podemos fazer, enquanto viventes em uma cidade, seja qual for, é olhar para ela com olhos críticos, para elogiar e prestigiar o que está muito bom obrigado e, também, para nos indignarmos e tornarmos urgente alguma mudança. Não esquecendo que nós também fazemos parte do fazer a mudança.

    Tão bonito ver a própria comunidade se organizando e colocando a mão na massa para revitalizar a escadaria General João Manoel, por exemplo, no Centro. Não só revitalizando como, também, tornando possível que pessoas passem por ali. É incrível o poder que esse tipo de iniciativa tem porque o fato não é que há policiamento por lá, garantindo a segurança. Na verdade, não há ninguém lá. A escadaria apenas foi limpa, restaurada e pintada, colorida, na verdade, o que a torna um lugar favorável à passagem de pessoas. Com o movimento, pessoas atraem mais pessoas e, assim, a sensação de segurança é transmitida à população que precisa transitar por ali. Isso é transformador. Outro exemplo é o investimento de alguns empresários e chefs que decidiram abrir seu negócio na Escadaria da Borges, por onde não temos mais medo de passar, muito menos de estar. As próprias feiras, de produtos orgânicos e de artesanato, espalhadas pela capital em lugares que há muito não sabiam do que se tratava a presença humana, tornam esses espaços aprazíveis. Eu adoro isso, pois só comprova que a cidade está sempre pronta para ser parceira, de forma bonita, útil e segura. A cidade não tem culpa de nada. Nós é que precisamos nos organizar, tomar para si a responsabilidade, não somente da cidade mas, também, do nosso próprio crescimento que, dessa forma, a cidade cresce junto. Em beleza, em movimento, em convívio, em oportunidade, em segurança, em prosperidade.

    Então, retomando, vou listar as postagens que fiz sobre Porto Alegre aqui na Casa Baunilha, em ordem cronológica, isto é, da mais antiga para a mais recente. Clique nos títulos para acessar as publicações.

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    O Mercado Público de Porto Alegre

    Já comentei aqui no blog que gosto de começar um roteiro por uma cidade, quando estou viajando, pelo seu mercado público, também chamado de mercado municipal em algumas localidades. Pois eu estava começando a me envergonhar de não ter uma postagem dedicada ao mais incrível dos mercados, o meu preferido, que é o Mercado Público de Porto Alegre, minha cidade. Eu não sei explicar por que acho ele tão sensacional. Talvez sua configuração, com um vão em forma de cruz, que faz a gente circular de forma mais prática entre as bancas. Talvez seja o fato de, em qualquer dia, a qualquer hora, ter sempre um povaréu. Calma, não a ponto de não conseguirmos nos mexer e não aproveitar o espaço como deveria, mas num nível mesa-de-família-italiana, capisce? Em janeiro e fevereiro, períodos de praia e carnaval, até que ele respira um pouco melhor. Mas em noventa por cento do tempo, suas veias bombeiam mais gente que uma ala de escola de samba. Isso é tão bonito e é exatamente o que faz do mercado público um mercado público: sua gente. Centenas de braços levantados sobre balcões por minuto. Sacolas e pacotes pra lá e pra cá. Pesagens mil em balanças digitais. Fichas e mais fichas aguardando atendimento. Relógios que não marcam a hora certa. Até o que já não funciona no Mercado faz parte de sua personalidade. Neste post, convido você a fazer um passeio por ele que completou, em 2018, 150 anos, e que há mais de 5 espera ter a saúde devidamente restaurada após um triste incêndio – o 4.º de sua história, fora as enchentes.

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    Centro de Porto Alegre | Guia prático

    Quando alguém diz que não gosta do centro de Porto Alegre sinto como se estivessem falando do meu melhor amigo. O centro é tão generoso com a gente. Se existisse somente a Rua dos Andradas nós já resolveríamos a vida toda só por ali. Mas o centro é tão mais, e cabe todo mundo. Quando alguém espeta a ponta do guarda-chuva no teu olho, tu sabe: o centro já abraçou todos. Mas sempre cabe mais um e, provavelmente, vai ser aquele que vai caminhar de costas e não vai te ver na direção contrária. Viu? Só quem gosta do centro pode falar do centro.

    Quantas vezes atravessei a cidade no minguado horário de almoço para ir até o centro resolver alguma coisa. Tirar fotos 3×4, comprar potes, vinho, ver arte, fugir. Ache o seu centro no centro. E na volta, já sem tempo, passava na Galeria do Rosário e pegava um cachorro do Bigode pra levar. Voltava, no ônibus, com a caixinha no colo e aquele cheirinho que atiçava ainda mais a fome. E engolia em poucos minutos num canto da copa da agência.

    O antigo Cinema Imperial, que já cheirava a mofo, salvou eu e meu marido de um dilúvio certa vez. Entramos para ver o que estivesse passando, pelo menos para não ficarmos doentes com tanta chuva (se bem que o cinema estava úmido, escuro e mofado) e, pra nossa alegria, passava Procurando Nemo, um dos meus preferidos de animação até hoje.

    O Cinema Imperial não existe mais, assim como muita coisa no centro. Mas o centro mesmo continua lá, sempre nos esperando, sempre te oferecendo alguma coisa. Uma lajota solta com barro embaixo, arquiteturas históricas, crianças te pedindo dinheiro, engraxates pela Praça da Alfândega – que eu ainda quero experimentar porque tenho uma botinha que está pálida, coitada – iguarias gastronômicas, pingos de ar condicionado (ou não), espaços culturais.

     

    Pensando nessa legalzice toda do centro de POA, resolvi reunir em um guia prático os lugares a que eu costumo ir e coisas que adoro ver para compartilhar com vocês e trocar ideias sobre endereços úteis e bacanas. Desenhei este mapa para ilustrar melhor a distribuição espacial dos pontos. É um mapa do centro do dia a dia, ou seja, ele nem mostra toda a área correspondente à região central.

    Vamos lá, centro querido!

     

    1. Igreja Nossa Senhora das Dores. Icônica que só ela. Não vou à igreja mas ela arrebatou meu coração pela arquitetura e história. Acho lindas as fotos antigas de Porto Alegre (em preto e branco) em que ela era a única construção alta de toda a cidade na época. Ainda hoje, suas torres altíssimas roubam a cena na metrópole. Não é sempre que passo por ela quando vou ao centro mas, se estou lá na ponta da Andradas, sempre espio, tiro uma selfie, peço a “bença”, essas coisas. Rua dos Andradas, 587 embora o Instagram marque como Rua Riachuelo (não aguento isso).

    2. Beco dos Livros. Precisa fazer hora e já viu tudo que tinha nos museus? As dezenas de sebos do centro vão te ajudar. Uma vez comprei um livro por 5 reais muito do interessante que foi meu companheiro da tarde, do ônibus de volta pra casa e para o resto da semana. Andradas, 697.

    3. Casa de Cultura Mario Quintana. O prédio rosa mais famoso do Rio Grande do Sul é um grande centro cultural e abriga o Museu de Arte Contemporânea (MAC). Relíquia arquitetônica, o antigo Hotel Magestic ainda preserva o quarto onde morou o poeta Mario, com todas as coisinhas dele – não sei até que ponto – que a gente olha através de uma parede de vidro. Tem o espaço dedicado a Elis Regina, cinema com películas respeitáveis, cursos, oficinas (eu já fiz uma de Pinhole, gratuita), shows, pôr do sol com vista para o Rio Guaíba (clica aqui para o post sobre a golden hour no Mario), sem contar que o prédio ainda abriga feiras de antiguidades e moda e muitos outros eventos. Mencionei o jardim do quinto andar? Então… pega bastante sol, é lindo e altamente fotografável, com vista para as torres da Nossa Senhora das Dores. Estar na companhia do Mario num fim de semana, durante a semana ou quando a chuva aperta no centro, é estar em boa companhia. Andradas, 736.

    4. Boteko Andradas. Pizza deliciosa servida na pedra, ou seja, fica quentinha até o último pedacinho de bacon solto na forma. Falando nele, recomendo a de bacon porque o bacon é pura carne. Ótima pedida para encerrar o dia depois de um programa cultural no Mario. Andradas, 741.