Vou dizer uma coisa pra vocês: eu até trouxe uma caixa com vários doces de Pelotas – Rio Grande do Sul – para casa, da marca mais indicada e aclamada da cidade, mas o melhor doce que comi por lá, nesses tempos, foi o sorvete de doce de leite do Bistrô Pelotense. “A senha da wi-fi é étudofeitoaqui” disse o simpático atendente quando perguntei se a iguaria era feita na casa mesmo.
Acho que é o doce mais nostálgico que já provei. Tem o mesmíssimo gosto da rapadura de doce de leite que minha bisavó fazia. Ela foi criada e morou a vida toda na roça, daquelas pessoas que compravam apenas o sal e a querosene, o resto fazia tudo com as próprias mãos, do sabão de gordura animal ao edredom de lã de ovelha. A rapadura de doce de leite que ela fazia era clarinha, cortada em pequenos quadradinhos, macia como nuvem, desmanchava na boca e era doce até não poder mais. Uma mordida e um gole d’água. Pois o sorvete de doce de leite do Bistrô Pelotense parecia a rapadura dela derretida e depois congelada.
Também adorei o bufê servido no almoço. Tinha lasanha de abobrinha e umas batatas-doces rústicas assadas, com casca e tudo, maravilhosas. O lugar é perfeito para fazermos uma refeição leve. E o décor conquista a gente, que adora um décor que conquista a gente – tenho imagens.